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Infantil-->Um conto que conta poesias -- 01/03/2002 - 13:42 (ROSANGELA TRAJANO DA SILVA) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Era uma vez num lugar não muito distante daqui dois irmãos: uma menina e um menino que adoravam poesia.

Ritinha e Zezinho

Olá! Eu sou Ritinha
A menina da fitinha
Olá! Eu sou Zezinho
O menino do bonezinho.

Nós gostamos de poesia
Porque ela nos dá alegria
Foi ela quem nos ensinou a amar
Com as flores sabemos falar.

Você quer aprender
A como escrever
Poesias para sorrir
Então senta aqui.

Quando ia dormir Ritinha subia em cima da cama para declamar a seguinte poesia:

Aprendendo a rezar

Mamãe está me ensinando
Todas as noites a rezar
De joelhos aos pés da cama
Ela vai aos poucos rezando.

Fico quietinho escutando
Mamãe segura a minha mão
Devagarzinho, vou aprendendo
Já tenho Jesus Cristo no coração.

Para conversar com Deus
É importante saber rezar
Ele escuta a todos
Nunca nos diz adeus.


Zezinho que tinha mania de se esconder em cima do cajueiro ficava lá declamando poesia para os pássaros e a natureza:

A natureza

Rosas e margaridas são belas
Um enorme girassol
Dando bom dia ao sol
Há tantas abelhas e colméias!

Tudo é perfeito na natureza
Água doce e salgada
Espetáculo e proeza
Pelo homem invejada.

É o canto dos pássaros
É o arco-íris no céu
É o verde das florestas
São os animais em festas.


Volta e meia Ritinha e Zezinho passeavam pelas ruas da cidade cheias de prédios enormes, com shopping centers e gente andando pra lá e pra cá. Eles ficavam olhando aquela gente toda, aquela correria, aqueles prédios que pareciam não ter mais fim tudo muito sem graça! E para alegrar aquela gente Ritinha e Zezinho declamavam as seguintes poesias:

Palhaços

No circo tem palhaços
Que faz a gente sorrir
Eles são muito engraçados
Não deviam partir.

Meio atrapalhados
Tropeçam nos grandes sapatos
O público dá ouvidos
As suas cornetas e apitos.

Palhaços têm cara pintada
E nariz redondo
É a alegria da garotada
Vê-los, no palco, brincando.

A chuva

Gosto de olhar a chuva
A escorregar pela rua
Na esquina fazer uma curva
Esconder o sol da lua.

Pingos de chuva caem
Pelas janelas de vidro
Curioso dou espiadas
Nas pessoas agasalhadas.

A chuva deixa mais verde
As árvores dos canteiros
Os açudes sem sede
Sorrisos nos lírios dos jardineiros.


Mas um dia, quando Zezinho e Ritinha voltavam para casa perceberam que alguém malvado tinha machucado um pobre gatinho que andava mancando e para ele declamaram uma bela poesia:


Eu quero um gato

Eu quero um gato
Para pegar um rato
Que roeu meu sapato.

Eu quero um gato
Para pegar um rato
Que se acha um pato.

Eu preciso de um gato
Que com um simples salto
Pegue este rato.


Ritinha e Zezinho eram meninos pobres que moravam perto de um mangue cheio de caranguejos e para eles declamavam esta poesia:

Passeio no manguezal

Quando entro no manguezal
Me sujo todo de lama
Nem ligo para o temporal
Sou um moleque sem cama.

Boto a mão no buraco
Moradia do caranguejo
Vazio está o saco
Onde guardo o meu desejo.

Fico a olhar quietinho
Mas nenhum caranguejo
Está no seu buraquinho
Da ostra recebo um beijo.


No dia dos professores todo mundo levou um presente para a professora. Mas eles que não tinham dinheiro para nada inventaram para ela uma poesia:

A professora querida

Ela mora no meu coração
Livros e lápis nas mãos
Ensina com atenção
Uma linda lição!

Na escola todos amamos
A professora querida
Que nunca esqueçamos
Nossa amiga preferida.

As minhas linhas tortas
Ajuda-me a escrever
Nem o barulho das portas
Faz sua mão tremer.


Ritinha morria de ri com Zezinho, pois ele não gostava de tomar banho. - Que coisa mais feia, Zezinho! Você está todo sujo e com cheiro de gambá! Eca! - E assim Ritinha escreveu uma poesia para Zezinho:

Hora do banho

Embaixo do chuveiro
Com sabonete nas mãos
Esfrego o corpo inteiro
Faço festa no banheiro.

Na hora do banho
Jamais faço cara feia
Criança do meu tamanho
Já sabe o que é sujeira.

Seja a água fria ou quente
Uso xampu em meus cabelos
Depois passo o pente
Secar e prendê-los.

Zezinho também não gostava de comer. Era muito magro e só queria saber de brincar. Para ir à escola dava trabalho, mas ia, pois sabia que estudando iria se tornar gente importante. A mãe de Zezinho insistia para ele comer, mas o danado do menino fechava a boca e não abria para nada nem para falar. Só gesticulava com a cabeça balançando pra lá e pra cá. Até que um dia Ritinha lhe escreveu uma bela poesia:

Hora das refeições

Oba! Hoje tem vitamina
Café, leite e pão
Vou correndo lavar as mãos
Sento na cadeira pequenina.

Ter hora certa para as refeições
É importante ao organismo
Seguir as orientações
Dos nossos pais, com juízo.

Se não temos hora para comer
As pernas tremem e a cabeça roda
Podemos até adoecer
Nossas roupas ficam gordas.

Um dia o ursinho de pelúcia de Ritinha caiu dentro de um balde com água e ficou todo molhado. Ela chorava desesperadamente pensando que ele ia morrer, então Zezinho para animá-la escreveu uma poesia:

Ursinho de pelúcia

Senta aqui, meu ursinho
Precisamos conversar
Deixa-me sentir teu abraço
Na fofura do teu corpo.

Sabe, ursinho de pelúcia
Você é meu melhor companheiro
À noite, na minha cama
Faço de você, travesseiro.

Ah! Meu lindo ursinho
Guardas meus sonhos e segredos
Deixas teu carinho
Preso entre meus dedos.


E Zezinho gostava de contar seus sonhos ao cajueiro do quintal da sua casa. Um dia sonhou com uma estrelinha e acordou tão feliz que desejou ter asas para voar até o céu só para reencontrar a estrelinha. Contou para Ritinha o seu sonho e disse que muito queria sonhar novamente com a estrelinha. Para contentá-lo enquanto o sonho não vinha Ritinha declamou-lhe uma poesia:

Uma estrelinha

No céu tem muitas estrelas
Pontos luminosos e piscantes
Certa noite, encontrei
Uma estrelinha falante!

Distante das outras estrelas
A estrelinha vivia sozinha
Prometi todas as noites
Contar-lhe histórias belas.

Minhas noites são mais alegres
E a estrelinha não mais tristonha
Agora, dorme comigo, fingindo-se de fronha
Para alcançá-la, fico na ponta dos pés.


Na casa de Ritinha e Zezinho eles criavam galinhas, patos e outros bichos. Lá, tinha um pato todo metido a besta. Ritinha que era encantada com o pato sorria com as suas peraltices, Zezinho achava que ele era muito metido, queria saber mais das coisas do que ele. O pato dizia ser um sábio. Ritinha que tanto gostava do pato escreveu-lhe esta poesia:

O pato sabido

Começou a confusão
Esse pato teimoso
Quer viajar de avião
De paletó formoso!

De tudo diz ser dono
Comprou um lago gigante
Quando sente sono
Ordena que a ema cante.

Pato cheio de sabedoria
Se fosse gente era doutor
Só vive na livraria
Da bicharada é professor.


Ritinha um dia perdeu o sapato. Procurou em todos os lugares da casa, e só veio encontrar dentro da geladeira. Quem tinha escondido o sapato? Zezinho. Só para deixá-la vermelha de raiva. Ritinha nem ligou para o que ele fez e ainda lhe escreveu a seguinte poesia:

Um elefante

Sonho com um elefante
Dormindo no meu quarto
Seu pé gigante
Calçar meu sapato.

Quero um elefante
Passearmos pelo bosque
Parar um instante
Amendoim num quiosque.

Grandes orelhas
Uma tromba divertida
Brincar com as ovelhas
Chutar o cubo, ser metida.
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