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Roteiro_de_Filme_ou_Novela-->OS PECADOS DA TRIBO (19) -- 05/02/2003 - 09:36 (COELHO DE MORAES) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
OS PECADOS DA TRIBO (19)
Roteiro de Coelho De Moraes, sobre a obra de José J. Veiga
Personagens: O Herói (H), Rudêncio (R), Consulesa (Ca), Cônsul (C), Pessoa (P), Pessoa 2 (P2), grupo de festeiros, rapaz com cicatriz (RC), Mamãe (M), Zulta (Z), Edualdo (E), Turunxa (T), turunxas, dois rapazes, dois garotos Obelardos (G), três Homens a: b: c:, vizinha (V), Velho Obelardo (VO), Cinco Rapazes que cercam Ca, Oldívio (O)

CENA 25
( H sai com xícara de café para fora de casa. Manhã. Ao longe a carroça dos Obelardos parte. Tomada de Edualdo subindo na carruagem e olhando para os lados de H. Tomadas de longe. Obelardos partem. H pensativo olha para o chão. Dá último gole.)
(Corte)
(H andando, mãos nos bolsos pela cidade. Absorto. C o toma pelo braço).
C: Andando, assim aéreo por aí, você acaba pisando o pé de um trouxa. Já pensou? (C está de bengala, mancando).
H: Opa! Como vai? Como vai de saúde? A Consulesa vai bem. Já não vejo há algum tempo. (caminham)
C: Ela está bem, na medida d possível. Desapontada, naturalmente. (C faz sinal para que subam a carroça).
H: ( na partida dos cavalos) E as coisas como vão? O que o senhor me conta desses últimos acontecimentos? ( silêncio por parte do outro que finge não escutar. Vira a cabeça para o lado e cantarola. Aí C se lembra e tira dois charutos de dentro do bolso do paletó).
C: Aceita? Charutões de folha de bananeira nanica! É pegar antes que acabem. ( acendem os charutos. Passam a curtir os charutos enquanto a bela paisagem se desenrola). Fiquei sabendo que a arte de fumar esses charutos foi herdada do zuumbas, que habitavam esse território.
H: Foram proibidos. Alguém não gostava do cheiro ou da cor da fumaça ou ainda do tamanho dos charutos. Esse alguém podia proibir e proibiu.
C: Depois?
H: Depois , na época da Grande Fome, uma nutricionista do governo provou que a fumaça do charuto alimentava tanto quanto a fruta e foi liberado novamente.
H e C: ( juntos) O pecado de hoje acaba sendo a virtude de amanhã ( paisagem)

CENA 26
(na sala da casa de C. Este entrando e depositando o chapéu e bengala, sentando-se ou tilintando um sino)
C: Estou pensando em pedir uma longa licença ou quem sabe me aposentar de vez.
H: Então, vai nos deixar logo.
C: Parece que não há outro jeito. E, por castigo, numa hora dessas. (olhando vagamente para o chão. De repente...)Saiu tudo errado. Um trabalho bem planejado. Um plano a prova de tudo – fulpruf – como dizemos na minha terra. Quem diria...Tanta coisa surgindo de repente para atrapalhar.
H: O Uiua?
C: (sentando-se, enquanto recebe águia do serviçal que também serve a H) O Uiua. Seu irmão. Outras coisas.
H: É. E, agora?
C: Agora é seguir um ditado dessa terra de vocês: Carga, Mamão e Bola Fora.
( a porta de dentro de abre. Ca aparece bocejando, caminhou como sonâmbula, abriu os braços para o jardim e respirou fundo. H observa. Acorda finalmente com um tremelique e vem sentar-se ao lado de H. Apóia-se no ombro de H)
Ca: Estou tão cansada...
C: Grande novidade... quem não está?
Ca: (olhando ao longe) É. Quem não está?
C: (tocando no joelho com a bengala) Alguma orientação, alguma palavra de consolo pelo menos, para o nosso amigo aqui? Ele precisa.
Ca: (olha para J, dentro de seus olhos, esse olhar vai ganhando paixão e significado, ela vai se apaixonando e caindo em si) Tenho sim. Tenho uma mensagem para ele. Agora percebo. É para ele!
C: Mais tarde querida! Ou outro dia. Ele agora quer almoçar e eu também.
Ca: está bem. Mas tem que ser hoje. É muito importante.
(desvanece)

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