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Cronicas-->Crónica sem nome -- 14/05/2002 - 01:45 (Mauro de Oliveira) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
CRÓNICA SEM NOME



Começaram novamente a enxurrada de propagandas governamentais e políticas. Tudo pago com o dinheiro do contribuinte. Pior ! Propaganda enganosa em ambas as partes. No meio dos filmes encontramos, estradas, hospitais, viadutos, postos de saúde e muitas obras que não saíram do papel. A digitalização é responsável por isso. Centenas de milhões são gastos sem o mínimo de respeito ao cidadão que trabalha e paga uma carga de impostos muito além da suportável. Se o dinheiro gasto fosse investido em escolas e obras sociais honestas ou mesmo em desenvolvimento tecnológico poderia até ser aplaudido. Infelizmente até para mudar a cara da Càmara Federal, aprovaram no ano passado uma verba de R$ 9.000,000,00. Passou despercebido pelo público menos atento. Já gastaram. Do outro lado da propaganda e da gastança, tome impostos para pagar as dívidas impagáveis. O atraso na votação da imoral CPMF, desestabilizou as contas do governo. O insaciável poder público nunca se equilibra, sempre precisa de mais.

A redução da corrupção, o ressarcimento do dinheiro roubado pelos donos do poder, seriam suficientes para reduzir a carga tributária em pelo menos 25%. As aposentadorias precoces de quem nunca contribuiu proporcionalmente, respondem por mais 20%. Nessa categoria, encontram-se muitos deputados, senadores e até ministros de estado em exercício. Além de ex-governadores, e ex-ministros, que muitas vezes tem uma carteira de aposentadorias, quatro, cinco e até seis recebimentos mensais, cujos valores muitas vezes ultrapassam os R$ 20.000,00. Junte-se a esses , os salários de ascensoristas, motoristas, mordomos e outros cargos importantes do Palácio da Alvorada e Ministérios, além de assessores de deputados, de senadores e desembargadores nas três esferas do poder. Vereadores em cidades de interior que ganham 4% da arrecadação do município. Isso é só uma amostra grátis da falta de honestidade e competência do poder publico no Brasil.
Enquanto a comilança desbragada acontece, nós comemos feijão com 0,38% de Cpmf , 2.5% de Icms, 4.65% de pis cofins, 1,25% de contribuição social, 0.90% I.Renda e muitos outros porcentos de uma chuva de impostos, todas as vezes que compramos alguma coisa, seja para comer, vestir, ou mesmo para o lazer, saúde ou educação. Todas as vezes que tiramos a carteira do bolso ou passamos algum cheque, 30% do que gastarmos serão destinados para farra dos governantes. Há 60 anos que ouço essas palavras:" o povo também é responsável, tem que entrar com uma dose do sacrifício". Essas palavras me causam a ira contra todos aqueles que postulam o poder ou que já moram nele há muitas gerações. O povo elege essas pústulas na esperança de dias melhores, de mais justiça, de mais empregos, mais saúde, de mais educação e de menos impostos. Todos quando assumem o poder, criticam os seus antecessores e de imediato pedem mais um sacrifício, para corrigir os erros cometidos anteriormente. No final é a mesma coisa. Se locupletaram do poder, deixam a nação na mesma, ou ainda em pior situação do que encontraram. Para perpetuação no poder, juntam-se com os adversários antigos e formam nova panela de donos do poder. E assim as décadas vão passando, trabalhamos, pagamos impostos, morremos, sem que nada mude, nada melhore. Mudam os nomes, as siglas dos partidos, mas a desgraça continua a mesma. Mais pobres, mais desempregados, mais apaniguados, mais corruptos e menos esperança.
A casta política deste país é podre. O mau cheiro exala há muitas gerações, e para o vírus do poder e do dinheiro não existem vacinas. Ninguém fará um governo aproveitável enquanto tiver de comprar votos e leiloar cargos para parlamentares desonestos, que se elegem desonestamente a custa do dinheiro do contribuinte. As promessas de campanha são sempre as mesmas, de todos candidatos e de todos os partidos. A crítica aos erros dos que estão no poder, todos nós sabemos. As soluções apresentadas são simplistas e hipócritas, quando não são desonestas e impraticáveis. Nos palanques, imbecis arrogantes, enganam a massa com um discurso novo e idéias antigas. Corruptos de todas as leivas se autodenominam guardiãs da moral e dos bons costumes. Economistas candidatos de quinta categoria apresentam propostas absurdas como salvação nacional. O festival da democracia adentra em nossas lares, sem pedir licença para enganar. Milhões de jovens e menos esclarecidos, cairão e tomarão partido de um lado ou de outro, criando mais uma esperança falsa para o futuro.
Desta vez no entanto, o castigo chega à cavalo. A tecnologia da comunicação, transmite em segundos, para o mundo todo a besteira que cada candidato fala. Nosso telhado de vidro se arrebenta antes que as pedras sejam atiradas. Os candidatos se esqueceram ou são mais incompetentes do que nós pensávamos. Com o mundo globalizado, o discurso interno não pode ser diferente do externo. Seus inimigos não são apenas os dos partidos adversários. O sistema monetário internacional, anda buscando oportunidades para ganhar muito mais em menos tempo, principalmente aqueles devedores habituais e incorrigíveis como o nosso país. Uma simples pesquisa que coloca um dos idiotas candidato a frente dos demais, derrubou a bolsa atropelou o cambio e colocou os poderosos em pavorosa. Os desmentidos dos bem entendidos pioraram a situação, e o terrenão cercado de impostos e dívidas por todos os lados começou a juntar água antes da tempestade chegar.
A solução para esse país não está no PSDB, PT, PSB, PMDB, PTB ou qualquer outro partido. Primeiro, não existem partidos. São rachaduras com siglas, onde alguns mandam, outros se revoltam ou se misturam, sempre para resguardar o interesse da ambição e do poder. Os estatutos de cada um, são mero instrumentos formais, para atender uma burocracia infernal de uma lei eleitoral facciosa. Para se transformar esse terrenão em país, precisa-se apenas, que em vez dos impostos em cascata, tenhamos, também em cascata, competência e honestidade, do Presidente da Republica ao mais humilde funcionário público municipal.
De nada adiantará perseguir sonegadores, porque eles estão dando emprego e administrando o que o governo não tem capacidade de administrar, além de evitar que o imposto caia nas mãos dos incompetentes ou corruptos.
De nada adiantará combater a violência enquanto continuar dando o mal exemplo de não punir os corruptos dentro de suas entranhas, sem recuperar o dinheiro roubado que sangrou do próprio povo.
O Brasil não precisa de Nomes. Precisa de Homens, competentes e honestos para GOVERNAR. Governar não é criar impostos, criticar a oposição ou impor sacrifícios ao povo. Nós não nos candidatamos por que não temos competência e por isso elegemos nossos governantes que deveriam ser habilitados. Os problemas nós sabemos, dos governantes queremos soluções, para isso eles são eleitos. Ao darmos a procuração, queremos os resultados. Se não tiver competência, jogue a toalha e caia fora, não venham culpar quem os elegeu. Por essa razão meu voto continua o mesmo da outra eleição: SEM NOME, ou simplesmente SEM VOTO.
Mauro de Oliveira
13/05/02

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