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Contos-->A garota do SKILINE prateado (texto ilustrado) -- 21/07/2002 - 18:47 (CARLOS CUNHA / o poeta sem limites) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

A garota do SKILINE prateado







Foi num sábado à tarde.
Parei a minha bicicleta em um cruzamento, quando o farol estava vermelho, olhei para o lado e caiu sobre mim aquele sorriso divino da garota que dirigia um SKILINE prateado e havia parado no mesmo cruzamento que eu.
Íamos à mesma direção.
Quando o farol me abriu não ouvi o que ela falou mas li em seus lábios quando disse, TCHAU, dengosa e cheia de malícia.
Foi-se embora com os motores roncando e deixando para trás aquele pobre ciclista impressionado com a beleza da mulher que ele havia se apaixonado apenas por olha-la por segundos naquele cruzamento.
Pedalei mais algumas quadras e quando cheguei a um 7eleven, que havia no caminho em que eu percorria, vi em seu estacionamento o SKILINE prateado encostado.
Meu Deus, aquela doçura de mulher está ali dentro,
eu pensei.
Encostei minha bicicleta na porta da loja de conveniência e esperei que ela saisse.
Quando ela saiu tornou a deslumbrar-me com um doce sorriso, caminhou para o seu SKILINE, nele entrou, e ao sair em velocidade deu-me uma piscada e seus lábios jogaram um beijo de despedida.
Frustrado, pensei em como seria bom ter um carro possante no qual eu pudesse ir atrás da garota do SKILINE, só que eu era só um gaijin dependente de sua bicicleta como meio de locomoção e mais uma vez tudo não passou de um sonho.
Quando cheguei na cidade em que eu morava, e para a qual me dirigia, vi novamente o SKILINE prateado encostado, agora em uma das ruas que cercavam a sua praça principal.
Encostei a minha bicicleta no primeiro espaço que encontrei para ali larga-la.
Larguei a minha bicicleta sem tranca-la. Sem pensar em segurança e que ela poderia ser roubada.
Caminhei pela praça à procura da garota do SKILINE prateado.
Encontra-la, era tudo o que me importava.
Após alguns minutos de caminhada a sua procura eu a vi sentada em um banco de madeira que ficava na ponta da praça.
Enchi-me de coragem e para lá eu me dirigi.
Ela estava sentada com as pernas cruzadas - pernas lindas, pois naquela tarde quente ela usava uns shorts justos e curtíssimos - e mostrava a beleza de suas coxas grossas e perfeitas.
Olhou para mim sem nada dizer, mas o sorriso com que novamente me envolveu foi um convite para que eu me aproximasse e sentasse ao seu lado.
Sentei-me acanhadamente e falei:

- Olá.

Ela, sem deixar de lado aquele sorriso pelo qual eu me apaixonei a primeira vez em que olhei para ela, respondeu:

- Olá, garoto bonito. Bastou te ver naquele cruzamento, lá atrás, para ter certeza de que as coisas iam rolar.

Eu fiquei chocado.
Aquela linda mulher que eu vira e que ficara na dúvida se era uma nihonjin, uma descendente brasileira, peruana, filipina ou de qualquer outra nacionalidade tinha uma voz grossa de timbre forte e marcante.
A menina do SKILINE, aquela mulher gostosa pela qual eu me interessara era um traveco.
Meu Deus, pensei. Eu não dou sorte mesmo.




CARLOS CUNHA







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