Sinto tuas mãos no escuro subindo em meu corpo
E tento te agarrar por teus cabelos liquefeitos
E chove uma chuva estranha de sensações benditas
Em cada uma de minhas partículas.
Sofro a ansiedade do momento obsceno
Quando a luz voltar, e nos veremos.
Sinto teu corpo entrando em meu corpo,
E tento reter este instante comigo.
Dançamos uma estranha dança, perturbada,
E já a tonteira me invade e desespero
Na ânsia de não querer te ver.
Só tu podes possuir-me desta forma
Mas tu nunca estás onde estou,
E voltas, agarrado aos meus cabelos,
Que não são mais meus , são nossos,
Nada é meu, nada é teu, tudo se une,
E chove de novo, numa explosão final.
|