Fria noite!...
Políticos taciturnos dizem poesias com a boca envolta em gritos, destilada com o sangue dos malditos.
E não revolvem, se quer os olhos de sí.
Homens que ditam ao ppovo um verbo em luto, que expressam leis em abusos e realizam no pouco imenso absurdos. Depois juram ter cumprido a pauta sem cometer injustiças e desgraças.
Bebem água pra engolir as suas próprias mentiras, usam aneis de grau pra tornar público os seus títulos, mas não valem como homem a palavra sobre o vento.
Passam anos ou a vida toda em silêncio, em cima do muro, ouvindo os pecadores e recebendo pelos pecados do rei, sendo sempre perdoados. Enquanto o povo, o mendigo, passa fome, passa frio de mente e coração encurtado.
Noite fria!
Noite fria em Brasília!
Apesar das luzes há tanta mentira. E somente a Deus cabe coibir tamanha covardia. Matar o povo com alegria...
Ah! Essa Brasília.
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