De Heminguay, este corolário
de um autor que tentou reeditar,
na íntegra, o próprio fadário.
Mas, que somente pôde terminar,
após muita luta, matar o herói.
Edição que já estava esgotada.
Se livre, novas páginas constrói.
Mas, preso, faz nova revisada,
cata erros de montagem
naquela obra e forja nova moldura:
meio de vida e passagem,
sem poder desfrutar de vida futura.
Morre, sem que possa fazer herói
morrer, para viver novamente
noutro meio de vida, e já destrói
chance de ser vida realmente. |