Os meus três homens!
Três grandes amores!
Todos tinham mãos grandes e delicadas
Nenhum deles trouxe-me flores
Nenhum deles trouxe-me
Nenhum deles
Nenhum
O primeiro
deu-me riquezas
O do meio, livros
O último
que nada tinha
nem dinheiro
nem cultura
deu-me suas mãos
" Toma-as. São agora tuas!"- ele disse
As riquezas
escorreram-me entre os dedos
Os livros
eram muito pesados
As mãos
do último
continuam delicadas
É com elas
que escrevo este poema agora
e ,às vezes,traço rosas,
unidas em ramalhetes
Decifro o nó,
retiro o laço,
espalho, abraço!
|