Usina de Letras
Usina de Letras
191 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62270 )

Cartas ( 21334)

Contos (13267)

Cordel (10450)

Cronicas (22539)

Discursos (3239)

Ensaios - (10381)

Erótico (13573)

Frases (50661)

Humor (20039)

Infantil (5450)

Infanto Juvenil (4778)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140816)

Redação (3309)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1961)

Textos Religiosos/Sermões (6204)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Artigos-->2430 -- 17/10/2008 - 20:37 (maria da graça ferraz) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Este poema é dedicado à Maria Helena- conhecida como Marininha -

enfermeira da ala infantil do pronto-atendimento, já aposentada, mas que ainda cumpre plantões

por questões de sobrevivência

Baixinha, gordinha, de longo rabo-de-cavalo que lhe ultrapassa a cintura ,cuja vida foi dedicada às crianças

e cujo sorriso , não sei como, abre-se como um sol,ainda que cansado, muito cansado....



2430

mdagraça ferraz

gracias a la vida



Amanhecerá,eu sei, um dia,

neste hospital, onde sobrevivo



Maria Helena, prepara-te, aviso!

É necessário desenhar um sol

nas janelas opacas e pequenas

para que o memorizemos!



É necessário fazer bolas de algodão

para o curativo, como se fossem balões

Observa, Maria Helena, as gotas de sangue

caem como rodas

Tudo aqui quer girar, deslizar, dar a volta,

dançar, ganhar uma asa, uma forma nova!



Maria Helena, é necessário retirar os pontos!

Soltar a presilha de teus cabelos longos!

Abrir todos os carréteis, e todas as portas!

Tornar as cicatrizes estéreis

e lisinhas como a linha de um trem

que parte pelo mundo afora!



Ensaia teu riso,Maria Helena!

Amanhecerá, um dia,acredita!

É necessário lutar contra as paredes brancas

restritivas

E lutar e lutar contra as quarentenas,

contra as clausuras, contra as algemas

Lutar como as lagartas insurgentes

fazem-no contra o casulo-

limite que a condena à feiúra



Maria Helena, escuta!

Contrariemos às leis da sorte!

É necessário criar uma fuga

neste hospital

que não seja através da morte

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui