Num vôo para Brasília
ACM e comitiva
Perceberam luz intensa
E som de grande batida
Não era aquilo mutreta
Era o próprio capeta
E com voz bem atrevida
Vou derrubar o avião
E todos irão morrer
Não adianta implorar
Nem rezar ou se benzer
Vocês só têm meia hora
Depois eu pulo fora
Quem puder, pague pra ver
Houve um silêncio total
Muitos entraram em pânico
Não queriam eles morrer
Mas o ACM satânico
O chamou para uma conversa
Diabo, não tenha pressa
Sou senador não biônico
Parece que não me conheces?
Eu não nego, sou ateu
Mas conheces Salvador?
O diabo aquiesceu
A cidade com efeito
É bonita e tem prefeito
Quem manda nela sou eu
Conheces a Bahia?
O diabo confirmou
É uma terra muito rica
Onde o Brasil começou
É um berço de cultura
De tudo é uma mistura
Mando no Governador
E até neste Brasil
Onde há tanto contrabando
E corruptos para exportar
Em tudo eu tenho o mando
Não sou o mais exigente
Mas até seu presidente
Está sob meu comando
E após este papinho
Naquele avião bem moderno
ACM concluiu:
E alisando seu terno
Dise; venha em meu socorro
Pois se nesta viagem eu morro
Vou parar lá no inferno
O diabo pulou fora
Sem esboçar resistência
Logo dalí paartiu
Aquilo era uma potência
Fugiu aé do Brasil
Nunca mais ningém o viu
Não queria concorrência