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Roteiro_de_Filme_ou_Novela-->OS PECADOS DA TRIBO (17) -- 31/01/2003 - 10:17 (COELHO DE MORAES) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
OS PECADOS DA TRIBO (17)
Roteiro de Coelho De Moraes, sobre a obra de José J. Veiga
Personagens: O Herói (H), Rudêncio (R), Consulesa (Ca), Cônsul (C), Pessoa (P), Pessoa 2 (P2), grupo de festeiros, rapaz com cicatriz (RC), Mamãe (M), Zulta (Z), Edualdo (E), Turunxa (T), turunxas, dois rapazes, dois garotos Obelardos (G), três Homens a: b: c:, vizinha (V), Velho Obelardo (VO), Cinco Rapazes que cercam Ca, Oldívio (O)

CENA 22
( Tomada da cidade. Multidão se posicionando. Haverá uma passeata. H se paorxima da peixaria de Oldívio)
H: O que é que está acontecendo agora, seu Oldívio?
O: Não sabe? A passeata de Pescadores. A associação de Pescadores vai trazer um bruta peixe que pegaram que remando do rio.
H: Nossa! Tão grande assim o peixe?
O: Chamam de peixe-monstro, o tal.(enquanto atende uma freguesa) Vai ter até discurso do Umahla.
H: Vou lá ver. Vou ver se pego um bom lugar.
O: oh! Cuidado. Isso aí já está demorando bem umas duas horas.
H; Será que é invenção? ( O faz cara de dúvida. H sai para se posicionar no meio do povo. Empurra dali e lá. Enquanto Hse desloca pela multidã ele ouve o que as pessoas gritam:)
- O peixe já foi retalhado!
- O peixe foi confiscado pelos Turunxas.
- O peixe foi é pescado morto.
- E vão dá pra gente comer?
- Voltou pro Rio.
- O peso da carreta quebrou.
- A passeata foi proibida. A comissão da festa foi presa.
(Ouve-se trovões e som de cavalaria ao longe. A Câmara se ergue sobre a multidão enfocando um galope ao long.)
- Cavalaria! A Cavalaria! (corte para as patas)
- Por que? Corram! A cavalaria (corte para o dorso)
- As crianças! Protejam! (corte para a cara dos cavalos)
- Arrombem as portas! Depressa! (a multidão se amontoa, levas de pessoas para todo lado. H fica preso entre a porta de uma grande Casa e a multidão com dificuldade de respirar. De repente a porta cede.Um bocado de pessoas cai lá pra dentro. H e outros ajudam a trancar a porta. Ouve-se o crescendo da cavalaria, chicotes, gritos e terror. O volume sobe e desce como se a cavalaria se afastasse. H abre a porta e sai para as ruas. Muita gente no chão. Gemidos. Morte. Choro. Desvanece no rosto atarantado de H).
CENA 23
(Clarão no horizonte de coisa queimando. H chega em sua casa. Z e E o recebem com pratos de sopa e bebidas)
Z: Já sabe não é? O tal do bicho aplicou o golpe.
H: Que bicho?
E: O Uiua! Ué! Foi ele que sugeriu ao Umahla a tal passeata.
H: Quem disse isso?
Z: Quem disse isso! O Uiua tinha Caicaras leais, prontos para o golpe.
H: (tomando sua sopa) Lorota! Boatos!
E: É o que falam pelas ruas. E a cavalaria está em toda a parte, impondo a nova ordem.
H: (pegando vara e sapiquás) Vou até a casa de Rudêncio. Vou fingir que vou pescar...
Z: Não vá. Há Turunxa por toda parte.
E: Depois... a pesca está proibida até segunda ordem. (vara e sapiquás caem no chão. H senta-se deprimido).
H: Então... vou até sua casa Edualdo. Tenho que falar com o velho Obelardo. Já volto.
(corte para o velho , que mexe com seu couro. De repente ele olha para H. Faz um psiu com o dedo na boca)
VO: A cavalaria! Pata de cavalo não é carinho de mãe. ( e cospe para o lado olhando na cara de H). O que é você me diz?
H: De que, sr. Obelardo?
VO: De tudo.
H: Parece que é o fim do mundo, não é?
VO: (olhando descaradamente para H) É verdade que temos novo Umahla?
H: É o que dizem.
VO: E dessa vez um Umahla bicho mesmo, com chifres...
H: É fim do mundo.
VO: Talvez não. Talvez dê certo.
R: (grita de longe) Irmão! Eh Irmão!
H: Epa, alguém me chama. Acho que vou fugir!
VO: Nada disso. É pior! Vá atender!
(corte para as patas de cavalo. A Câmara sobe até as costas do cavaleiros enquanto se vê H aparecendo pela cerca com ar espantado. Corte para R vestido de Caincara e chicote dobrado na mão.)
R: Sempre conspirando. Tenha cuidado.
H: Estive preocupado com você. Mas vejo que não precisava.
R: É. O vento virou para o meu lado. E vocês aqui?
H: Estou vivo. (olha para os lados) Zulta e Edualdo estavam aqui agorinha.
R: Se preocupe não. Ela está com a Consulesa, ajudando numas coisinhas.(de repente boleou o chicote, estalou no ar e de lá caiu um pássaro).
H: Puxa! Que mão, hein?
R: Tenho treinado muito ultimamente.Já corto um jambo no meio a cinco metros de distância. Duvida?
H: (olhando para pássaro) Coitadinho. Precisava fazer isso?
R: Fiz nada não. Quem mandou ele passar aqui agora? Ele tinha encontro com a morte. Chegou a hora dele. (H coça a testa com estranheza daquela conversa e olha para os lados, olha para o chão. Balança a cabeça).
H: (enquanto R desce de seu cavalo, com toda a pompa) Que foi que você fez, de ontem para cá? Onde esteve? Pensei tanta coisa?
R: Tudo aconteceu muito depressa. Não tive tempo de vir tranqüilizar você. Aliás, a demora é pouca. Só vim para dizer que estou de cima. Que diferença do outro dia, hein?
H: E o velho?
R: Já virou fumaça. Colheu o que plantou.
H: E agora? Ainda continuou preocupado com você.
R: Agora estou quase como quero, só faltam umas poucas coisas. Tenho muito o que fazer nos próximos dias e não vou poder aparecer. ( bate de leve com o chicote no peito de H. volta para o cavalo ) Não se preocupe que tenho tudo programado; agora, preciso ir. Se precisar de mim me procure no palácio. ( e sai a trote, abrindo caminho entre inimigos invisíveis)


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