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Poesias-->Tópica da Sexta-Feira 13 -- 15/09/2002 - 13:41 (Alyne Roberta Neves Costa) |
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A lua beija o céu quase-noite e trai o mar
O mar de braços abertos não vê a lua, ainda é dia...
Onipotente o mar...
Nem desconfia da profundeza do olhar da lua
Que o desejo quando nasce é fera solta a vencer colinas...
E o mar, braços abertos, não é fronteira pro desejo da lua.
Os milindres da lua têm olhos cor de mel
A sua força reside em seu dom de, soberanamente, expor-se no céu sem permitir aos mortais sequer tocá-la.
Bela lua que não faz vítimas por dolo ou culpa.
E quem tem culpa de aflorar paixões?
Quem tem culpa de conjugar num só olhar pureza, indecência, lógica e arte?
E a lua apenas tem compaixão do mar que de braços abertos não pode segurar o cavaleiro em seu corcel.
Pobre cavaleiro... Nem do cálice provaste!
E a lua resta inteira...
Geminiana fêmea, agora mansa, amando tão somente o astro-rei.
Nobre cavaleiro, nunca alcançarás a lua...
Desça do corcel e mergulhe em seu mar.
Nunca se esqueça, era apenas uma sexta-feira 13...
E estavas enfeitiçado sob os efeitos do crepúsculo refletido num olhar de alguém que aprende a amar.
para Carol... Minha prima que vale por mil raios de sol!!
Salvador, 15 de setembro de 2002 |
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