Espero que o meu verso não ofenda
A quem veio co’amor no coração
E encontra a mesma rima, no refrão,
E o tema sempre o mesmo, na oferenda.
Não sei como os meus mestres agirão
No embalo da poesia sem a venda
Que oculta da visão que se remenda
Na forma do soneto e da escansão.
Então, vou desviando o meu projeto
De vir falar de mim tão francamente
E, como os bons parceiros, arquiteto
Um prisma que não seja diferente,
Pedindo ao bom leitor seja discreto
E reze um bom pai-nosso e siga em frente...
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