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Poesias-->Presença Anímica -- 13/09/2002 - 17:28 (Fernanda Guimarães) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Para melhor compreensão do poema,sugerimos que leia antes algumas informações sobre Edith Piaf que constam no final desta publicação..

O poema “Presença Anímica” foi composto, quando no final de uma tarde escutava Hymne a l’amour







Presença Anímica

Para Edith Piaf



A tarde, quando o sol se despedia

E levitavam seus últimos raios

Meus olhos choraram uma dor

Que não somente em mim habitava

Incontida fez-se a emoção

Misturada a uma saudade

Que a mais alguém pertencia



Inquieta e instigante sensação

A despertar o imponderável

Desfolhando as páginas da razão

Lágrimas despiram minha face

Duplicadas e em matizes de cumplicidade

A própria solidão deixou-se refutar

Como a apelar à consciência respostas

Para o sentir que transbordava

O vento frio, o açoite do vazio

Eco de um pranto unido ao meu

Como a sentir-se em mim e comigo

A saudade, promessa de encontro

Depois apenas o nunca mais

Um adeus jamais pronunciado



O crescer das horas trazido pela lua

Esculpiu-me o rosto da noite

Desvencilhando-me do torpor

Em meus olhos apenas uma indagação

Pousada em silenciosa reverência

Brisas sutis e lentas afagaram-me

Enquanto o tempo fingia dormir.



© Fernanda Guimarães

Em 08.07.02





Sobre Edith Piaf



Nascida Edith Giovanna Gassion, apelidada Môme Piaf, eternizada como Edith Piaf. Nasceu em 19 de dezembro de 1915. Conta a lenda que Anetta Giovanna Maillard, sua mãe, deu à luz sob um poste, na Rue de Belleville 72, 20º distrito de Paris, num bairro de classe média trabalhadora.

Uma mulher de personalidade marcante, cujo talento incomparável atravessou décadas e será eternamente reverenciada pelos amantes da Arte, como uma das grandes vozes do século.

A história de Edith Piaf desafia a imaginação de um bom escritor. "De todas as cantoras autenticamente populares, Piaf é, talvez, aquela cuja existência e carreira foram copiosamente travestidas por uma infinidade de histórias mais ou menos confirmadas e de lendas mais ou menos verdadeiras.

Foi em New York que Piaf conheceu Marlene Dietrich, uma amizade que durou toda a sua vida, e Marcel Cerdan, o pugilista, por quem se apaixonou.

Perante o público, ela procurava manter o romance apenas na esfera da "grande amizade".

Marcel era casado, tinha filhos, e isto constrangia Piaf.

Mas, manchetes internacionais logo revelaram o romance da "Rainha da Música Francesa" e do "Rei do Ring".

O que sua relação tinha de ilegal, o fervor popular legitimou."

A Marcel Cerdan dedicou um de seus mais belos clássicos: "L hymne à l amour", canção escrita em parceria com a compositora francesa Marguerite Monnot.

Apresentada pela primeira vez no Versailles, "Hino ao amor" possui algo de premonitório:

" Si un jour, la vie t arrache à moi,

Si tu meurs, que tu sois loin de moi

Peu m importe, si tu m aimes,

Car moi, je mourrai aussi...."

"Se um dia, a vida te arrancar de mim,

Se morreres, se ficares longe de mim

Que me importa, se me amas,

Porque eu morrerei também."...

O infortúnio acompanhava Piaf... e na vida, aconteceu diferente do final da canção: "Deus reúne aqueles que se amam"...

Em outubro de 1949, ela estava em New York. Marcel iria encontrá-la, após um série de lutas em benefício de pugilistas inválidos.

Sozinha e saudosa, ela pediu que ele tomasse um avião, em vez de um navio que demoraria uma semana. Marcel argumentou...ela insistiu...

Esta foi a última vez que se falaram.

O avião, um Constellation, caiu nos Açores.

Edith recebeu a notícia poucas horas antes de uma apresentação, no Versailles.

Subindo ao palco, ela calou os aplausos com um gesto e repetiu para a platéia o que já dissera aos amigos: "Hoje à noite, canto para Marcel Cerdan, em sua memória, unicamente para ele".

Ao final da quinta música, Piaf desmaiou.

Os jornais do dia seguinte trouxeram de volta a dor da realidade: "Eu o matei", repetia ela...





Material extraído do site: http://www.bibi-piaf.com/

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