Coração em Desnudez
Entre as espadas do tempo
Meu coração trava duelos
Em muros de cristal, respira
Palpita, explode em desnudez
Espadachim audaz e destemido
Silencia, cravado em lágrimas
Feridas na ponta da lança
Que sangram em espasmos
Ainda assim, meu coração renitente
Apoia-se em castelos e sonhos
Ignorando ruínas, escombros
Marés de espinhos, ciclones
Mesmo em abismos, crateras
Emerge em cantilena de magia
Fera, precipita-se brejeiro
Desconhecendo o frio e a dor
Que espreita suas verdes trilhas
Vulcão de ternura, lava de amor
Arrebata-se em ondas etéreas
Livre, deixa-se resplandecer
Estrelejando no firmamento em outras luas...
© Fernanda Guimarães
Em 29.06.00
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