Sob o sol eu contemplo
um vai-e-vem sem sentido
de doidos varridos
que passam diariamente no mesmo lugar
Não param para falar
nem para comprimentar
só se agitam naquela loucura
parecem que não conseguem chegar
Com o tempo, o movimento desaquece
os vai-e-véns diminuem
e eles, aos poucos, começam a sumir
daqui, dali...
Depois, tudo pára
o silêncio é o novo doido da rua
só ele quer conversar
o problema é que ninguém quer escutar
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