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From: Maria Helena Date: 08/24/10 18:04:19 To: undisclosed recipients:
Subject: Fwd: DIVULGUEM P/ 2BENEFÍCIO INFANTIL
sáb, 14/8/10
TEM COISA QUE 3REVOLTA.
Leia! 4Passe adiante!
Era manhã da quinta-feira, 6. 5Clara Terko Takaki Brandão, nutróloga, pediatra, PIONEIRA, havia criado há mais de três décadas composto alimentar que 6revolucionou nutrição infantil. Cena foi comovente. Vice-presidente José Alencar preparava-se para plantar árvore em Brasília quando foi abordado por nissei de 65 anos e 1,60 m de altura. Clara mostrou fotografias de crianças esqueléticas, brasileiros com silhueta de etíopes, mas que tinham sido recuperados com farinha barata e acessível, batizada de "multimistura". Alencar marejou olhos. Pobre de infância no interior de Minas, Vice não conseguiu soltar palavra sequer. Apenas deu longo e apertado abraço naquela mulher, pediatra Clara Terko Takaki Brandão. Foi ela quem criou multimistura, composto de farelos de arroz e trigo, folha de mandioca e sementes de abóbora e gergelim. Foi esta fórmula que, nas últimas três décadas, revolucionou trabalho Pastoral da Criança, reduzindo taxas de mortalidade infantil e ajudando Brasil cumprir Metas do Milênio.
E quê pediatra foi pedir vice-presidente? Que não deixasse governo tirar multimistura da merenda das crianças. Mais do que isso, ela pediu que composto fosse adotado oficialmente pelo governo. Clara já tinha feito mesmo pedido então ministro da Saúde, 7José Serra, do Governo Fernando Henrique - mas ele optou pelos compostos das multinacionais, bem mais caros. "8Serra disse que não é obrigado adotar multimistura", lamenta Clara. Duas semanas depois, dentro do prédio do Ministério da Saúde, 10energia elétrica da sala de Clara foi cortada. Hoje, ela trabalha no escuro. "Já me avisaram que agora estou clandestina dentro do governo", ironiza pediatra. Mas ela nem sempre viveu na escuridão. Prova disso é que, na semana passada, governo comemorou 11redução de 13% nos óbitos de crianças entre 1999 e 2004 - período em que multimistura tinha se propagado por todo País. Desde 1973, quando chegou à fórmula do composto, Clara já levou sua multimistura para 12quase todos municípios brasileiros, com ajuda da Pastoral da Criança. Compostos da multimistura têm até 20 vezes mais ferro e vitaminas C e B1 em relação comida que se distribui nas merendas escolares de municípios que optaram por comprar produtos industrializados. Sem contar economia: "13Fica até 121% mais caro dar lanche de marca", compara Clara. Quando ela começou distribuir multimistura em Santarém, no Pará, 70% das crianças estavam subnutridas, e agricultores da região usavam 14farelo de arroz como adubo e como ração. Em 1984, 15Unicef constatou aumento de 220% no padrão de crescimento dos subnutridos. Dessa época, Clara guarda diário de Joice, garotinha de dois anos e três meses que não sorria, não andava, não falava. Com multimistura, mês depois, Joice começou sorrir e bater palmas.
Hoje, a multimistura é adotada por 1615 países. No Brasil 17só se transformou em política pública em Tocantins. Clara acredita que enfrenta adversários poderosos.(Alguém tem alguma dúvida ???) Segundo ela, no governo, a multimistura começou a ser excluída da merenda escolar para abrir espaço para o Mucilon, da Nestlé, e a farinha láctea, cujo 18mercado é dividido entre a Nestlé e a Procter & Gamble. "É uma política genocida substituir a multimistura pela comida industrializada", afirma a pediatra. A antiga 19Coordenadora Nacional da Pastoral da Criança, a saudosa Zilda Arns, reconheceu que a multimistura foi importante para diminuir os índices de desnutrição infantil. "A multimistura ajudou muito", disse. "Mas só ela não é capaz de dizimar a anemia; também se deve dar importância ao aleitamento materno." A reportagem da revista "ISTO É" teria procurado autoridades do Ministério da Saúde ao longo de toda a semana, mas nenhuma delas quis se pronunciar. 20"O multimistura é um programa que não existe mais", limitou-se a informar a assessoria de imprensa.
Veja o site do multimistura (clique sobre azul, né?!): 21MULTIMISTURA
Gente, vamos repassar esse email e torcer para 22que autoridades prestem atenção nessa nissei, nisso que ela faz...
Num sei como, mas a 23ganância das multinacionais tem que acabar...