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Roteiro_de_Filme_ou_Novela-->OS PECADOS DA TRIBO (12) -- 29/01/2003 - 14:39 (COELHO DE MORAES) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
OS PECADOS DA TRIBO (12)
Roteiro de Coelho De Moraes, sobre a obra de José J. Veiga
Personagens: O Herói (H), Rudêncio (R), Consulesa (Ca), Cônsul (C), Pessoa (P), Pessoa 2 (P2), grupo de festeiros, rapaz com cicatriz (RC), Mamãe (M), Zulta (Z), Edualdo (E), Turunxa (T), turunxas, dois rapazes, dois garotos Obelardos (G), três Homens a: b: c:, vizinha (V), Velho Obelardo (VO), Cinco Rapazes, cercam Ca,

CENA 15
( H batendo numa casa na cidade. É da Ca. Uma vizinha (V) fala com H)
V: Com quem o senhor quer falar?
H: Com a Consulesa.
V: É mais fácil achar o Corregedor-Mor
H: Quero falar com a Consulesa ( e continua batendo na porta )
V: O senhor é parente?
H: Não. Amigo.
V: (com entonação maldosa) Ah! (H percebe e sai para a ladeira. Surge na sua frente o Rapaz com Cicatriz, festeiro).
H: ‘Tarde.
RC: ‘Tarde.
H: Você é amigo de Ozilda, não é?
RC: Ozilda?
H: A Consulesa.
RC: Ah! O vulcãozinho? Me dou com ela sim. E daí?
H: Sabe dela?
RC: Por que devia saber? Deve estar em erupção por aí.
(H sai, cabisbaixo. Corte para H chegando em casa. No Terreiro Z faz bandeirinha como de festa junina, pendurando nas árvores)
Z: Foi bom você chegar. Me ajude aqui que estou atrasada.
H: Atrasada em que? ( observando tudo).
Z: Nesses enfeites para a festa.
H: Vai ter festa aqui?
Z: Aqui não, bobo. Nos Obelardos. Fiz as pazes com Edualdo. Estou tão feliz! Ah! A sua amiguinha está fazendo cocadas.
H: Eu não posso ajudar agora. Vou até a casa dos Obelardos. (H atravessa o quintal, cruza a cerca e entra no jardim. Ca está cercada de rapazes e contando histórias que todos riem e esfregando os pés. Ca faz um pequeno sinal para que H se aproxime. H devolve o sinal, mas dá as costas e retorna. Na passagem da varanda encontro Velho Obelardo na rede. Puxa um cepo e se senta ao lado dele. Ficam um tempo olhando o nada. VO costura uma roupa, uns sacos).
VO: Tu sempre visita o palácio?
H: Não. Só fui lá uma vez. Faz muito tempo. Era pequeno.
VO: Nem depois que teu irmão é da família do Umahala?
H: Nem.
VO: Eu tinha muita vontade de ir.
H: O senhor, seu Obelardo?
VO: Pois tinha. Sabe pra que? Pra ver esse bicho que não é macaco de que tanto falam.
H: O tal do Uiua.
VO: Uiua, é? Que nome engraçado. Uiua. É nome de batismo ou de raça?
H: Sabe que não sei?
VO: Tu já viu o bicho?
H: Nunca. Já não disse que não vou ao palácio?
VO: É bobagem minha. Mas dizem que teu irmão leva ele para distrair as crianças em casa.
H: Leva sim. Mas eu não tenho ido à casa de meu irmão.
VO: Ossh! Mas os dois brigaram?
H: Não.
VO: E não vai na casa dele?
H: É falta de tempo. De oportunidade.
VO: É pena. ( VO pensa e se balança na rede) Quando é que tu pretende visitar o irmão?
H: Qualquer dia. É só eu ter uma folguinha.
VO: Vai mesmo? Posso ir com ti? Sabe o que é? Eu queria tanto ver esse Iurua.
H: Uiua.
VO: É. Esse U-i-u-a. Isso. Prometo não envergonhar.
H: Está combinado, Velho Obelardo. Quando eu for, chamo o senhor.
VO: Posso contar? Vou ficar esperando. Queres um gole de canilha? (enquanto H bebe) Dizem que o tal bicho já está falando. Será verdade?
H: Eu não sabia.
VO: Me garantiram que fala. Como pode um bicho desses falar? Preciso ver esse tal...
H: O senhor vai ver... (entra a Ca e se junta lado a lado a H. Olha muito pra ele. Da maneira apaixonada e sem tirar os olhos, tanto deixam H sem jeito)
VO: Sei não. Acho muita coragem do Umahla dar intimidade a um bicho exótico. Ele pode estar brincando com fogo.
H: Pra quem op senhor costura?
VO: Pra ninguém em especial. Estou fazendo pra não ficar à toa. Homem à toa é homem burro.
Ca: Ah! Então eu quero. Será que dá em mim?
VO: (rindo) É teu! Só faltam uns pontinhos e aí a gente experimenta.
Ca: Não é um amor esse velhinho? Qualquer dia nós vamos sair por aí para fazer umas coisas. O senhor topa?
VO: Crie juízo, menina. (Ca pisca para H e toma das mãos)
Ca: Vamos dar uma voltas?
(corte para um passeio pelas estradas florestais)
H: Você sabe que é vigiada?
Ca: Sempre soube. Desde que chegamos aqui.
H: Agora é sério.
Ca: E o que é que eu vou fazer? Não vou viver escondida.
H: Você devia ter mais cautela.
Ca: Eles não podem me fazer mal. Já armei a cama deles. É uma questão de tempo eles caírem nela.
H: Rudêncio disse para que eu me afaste de você.
Ca: Acalme-se que vai dar tudo certo. E não me pergunte o que é. Não posso dizer. É uma questão de tempo.






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