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Poesias-->reflexão insípita -- 08/09/2002 - 20:07 (gisele leite) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
não sei se gosto de chuva e

de frio

mas gosto

da solidão delicada dos pingos de chuva

dos passos apressados fugindo da água

das poças engraçadas no meio do caminho



e desta pausa para reflexão bem

depois de um belíssimo raio

a natureza exuberante

me lembrando de insípita existência



não sei gosto de carregar guarda-chuva

é melhor sentir a umidade direta da chuva

que se abrigar falsamente debaixo de

uma proteção qualquer



passamos a vida inteira sendo protegidos

e permanecemos desprotegidamente

protegidos



sob a alça de mira

sob os círculos pintados do alvo

e a mosaca situa-se bem na alma

que vaga lépida e fagueira

no brilho prateado da chuva que respinga

no vidro fumê

e toda a cantilena de chuva

a marujar-me segredos híbridos



e a ventar em meus ouvidos

sentimentos de vazio e de inutilidade



somos todos tão frágeis

perante a reles gotas de água e vento

parecemos crianças assustadas

que acreditam no bicho papão,

no apocalipse,

no fogo do inferno,

no paraíso indisfarçável

de ser livre mas nem tanto...



não sei se gosto de todo esse

o frio

quando lembro dos que morrem

de frio, de fome , de sede

e pior, de indiferença



a chuva parda em tom mostarda

na marinha que pintei

bem em frente ao espelho da sala

parece refletir um mar imaginário

de um mundo romântico



e apesar de minha consciência

respiro nebulosa a

reflexão insípita

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