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Artigos-->... E POR FALAR EM INCLUSÃO -- 29/08/2008 - 14:46 (SALETI HARTMANN) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Número do Registro de Direito Autoral:131103323425452500
O Ensino Brasileiro está sendo pensado na direção de novos rumos, no sentido de melhorar a qualidade da Educação, promovendo reflexões e transformações profundas, como a INCLUSÃO que, por enquanto, andam devagar, pois existem muitas adaptações a serem feitas, tanto no setor físico e estrutural como na dimensão humana dos objetivos traçados.

Lê-se muito, pensa-se bastante e discute-se ainda mais a respeito dos melhores meios de promover a INCLUSÃO nas escolas do nosso País. Como num ato de mágica, o professor-educador tem nas suas mãos a tarefa de adaptar os métodos pedagógicos usados em sala de aula, além de fortalecer as próprias emoções, com o fim de demonstrar prontidão para estar sempre à disposição de uma variedade de necessidades manifestadas pelos alunos, o que inclui a capacitação instrumental e psicológica que abranja as várias gamas de deficiências que vão se apresentando no processo de assimilação do conhecimento.

De turmas homogêneas (quanto à idade e à capacidade física), o professor passa a atender turmas completamente heterogêneas, onde as dificuldades físicas misturam-se às dificuldades de ordem psicológica, que não permitem o aluno a ser incluso ter o mesmo aproveitamento que os seus coleguinhas estão tendo, no mesmo período de tempo que eles.

De maneira nenhuma, este artigo deseja ser um libelo contra a inclusão, ao contrário, é um manifesto de aceitação e de admiração pelas intenções de trazer para a vida social “normal”, aquelas crianças que o nascimento – ou alguma doença – impede de conviver no mesmo mundo onde o sorriso, a lágrima, as emoções, são fatos universais, independentemente das deficiências ou/e dificuldades existentes a nível individual.

Quero, apenas, através deste pequeno Manifesto, lembrar que é importante trazer o próprio professor(a) para dentro do processo de Inclusão, no sentido de não jogar toda a carga de responsabilidade nas suas mãos.

A Comunidade Escolar, e o próprio governo que faz o papel de mentor da inclusão social, precisam intuir, com a maior boa vontade, que trata-se de algo extremamente novo dentro do Ensino Brasileiro, o objetivo de trazer à luz da convivência coletiva, as nossas crianças que, aqui na Terra, são como Anjos feridos à espera de um carinho, de um garimpo mais profundo por suas mentes e suas almas, reforçando a idéia de que somos feitos – TODOS – do Amor e para o Amor.



Geralmente, toda a mudança extrema, acontece de forma muito lenta, muitas vezes ultrapassando o período de uma ou duas gerações, para depois, ser considerada bem fundamentada e no nível de aceitação excelente.

Portanto, ao observar diversos tipos de reações negativas por parte de pais e de boa parcela do governo, diante da aparente impossibilidade que o professor apresenta nos primeiros momentos deste desafio, acusando-o de irresponsável, ou despreparado, tomei a liberdade de lembrar a todos, que o processo inclusivo não tem um só caminho, um só rumo: principalmente o professor-educador precisa ser incluído nos projetos de mudanças, de maneira a merecer o respeito de todos, quando, num primeiro momento, parece apresentar toda a espécie de dificuldades. É admirável a prontidão e a disposição que o professor apresenta para contribuir o máximo possível para diminuir as distâncias que o preconceito provoca em todas as dimensões da vida social.

A teoria da inclusão apenas começou a ser aplicada e compreendida, e o professor não é o responsável pelas falhas estruturais que os prédios escolares ainda apresentam, e nem pela impossibilidade de apresentar instrumentalização e tecnologia própria a cada deficiência manifestada. A teoria surgiu e foi apresentada muito antes da oferta de capacitação aos professores, por isso, suplicamos a caridade de uma compreensão sobre as dificuldades de toda ordem que estão sendo enfrentadas, a partir da decisão legal de incluir, em nossas escolas, as crianças que apresentam problemas físicos, emocionais ou cognitivos.

Não existe a figura de um “Super-Homem” na dimensão dos educadores, existe sim a vontade coletiva de acertar, de aprender, evoluindo junto com o momento, e existe, principalmente, a necessidade do professor ser incluído no mesmo objetivo do Amor, da diminuição das discriminações e na boa vontade de vê-lo, não como alguém perfeito, mas sim um SER HUMANO caminhando da mesma forma que o resto da Humanidade, tendo de se adaptar a cada criança, a cada dificuldade manifestada, e ainda, conquistar a aprovação sisuda de pais, dos representantes do governo e de outras classes que discriminam demais a classe do professor, sem motivo aparente.

...E, por falar em INCLUSÃO, que tal incluir o professor naquele sentimento de respeito e de admiração que tanto incentivam a sua luta diária contra a ignorância e contra a barbárie?!!!??



Saleti Hartmann

Professora

Cândido Godói-RS

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