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Poesias-->NAVE AZUL -- 30/06/2000 - 11:06 (João Ferreira) |
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NAVE AZUL
De uma janela da nave azul
Onde viajas também
Ponho-me a olhar teu colorido jardim
Batido pela alegria do sol e da vida
Registro silêncios segredos e sentimentos
Que voam pelo céu da nave
Tornando a terra mais humana ainda
Não irei perder de vista as flores
Nem as palavras nem os gestos nem o vento
Que sopram mais vida em teu jardim
Sempre aguardarei os sinais
De teus lençóis da noite a renovar na janela
A magia do sol
E o fumo branco da chaminé
Alma do fogo que arde em teu fogão
Prestarei atenção aos teus cantos e encantos
Às tuas palavras, aos teus gestos e embalos de sonho
Que virão sussurrar baixinho na minha janela
Não cortarei o nó que nos ata
E só deverei aumentar o tamanho da corda
Para que nosso nó tenha mais solidez
Que nem mago possa desatar
Os pássaroas já esvoaçam sobre teu jardim
E em torno de minha janela
Enquanto a nave azul prossegue no cosmos
Ondulando cheia de vida
Vitalizada ela germina e floresce
Abrigando nas entranhas a lava incandescente dos vulcóes
Reserva estratégica de outra energia que também é dela
A nave azul
A nossa nave
A minha janela
De onde vejo a tua casa
Tão bela!
Jan Muá
30 de junho de 2000 |
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