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Artigos-->DIREITO AO ABORTO: QUE DIREITO ? -- 14/08/2008 - 07:22 (MARIA AICO WATANABE) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
DIREITO AO ABORTO: QUE DIREITO ?





Maria Aico Watanabe





Aborto é cometer um erro sobre um outro erro: O primeiro erro foi engravidar; então para se “consertar” o erro justifica-se cometer um novo erro ?

Transou sem proteção porque é mais romântico ? Então, você foi uma irresponsável, agiu levianamente. Ninguém pode usufruir do sexo impunemente, esta é a condição imposta pela natureza. Sexo, minha querida, foi inventado pela natureza para a REPRODUÇÃO, o prazer sexual é apenas um ACESSÓRIO. Você errou, agora assuma.

Engravidou “sem querer” ? Você sabia muito bem que transar pode dar em gravidez. Mexeu com fogo e não queria sair queimada ? Por que não usou proteção ? De novo, você foi uma irresponsável, leviana. Você errou, agora assuma.

Engravidou porque a camisinha estourou ? Por que a pílula falhou ? Por que você não usou dois métodos de proteção ? É quase impossível que AMBOS falhem, quando usados simultaneamente. Você foi uma imprudente, o que não deixa de ser uma forma de irresponsabilidade. Agora assuma.

Engravidou porque a carne é fraca ? O que o seu filho tem a ver com suas fraquezas ? Ele não pode ser penalizado, com a perda da própria vida por causa das fraquezas de você.

Que você achava que “gravidez indesejada” era coisa que acontece só com as outras e não com você ? Ora, por acaso, a sua natureza é diferente, mais “privilegiada” que das outras mulheres ? Pois saiba que TODAS estão no mesmo barco, inclusive VOCÊ, quer queira quer não. Tire de uma vez por todas de sua cabeça de que “comigo é diferente, que só as outras é que entram pelo cano”. Você é igual a qualquer outra. Sem protestos nem choros.







Que você tem direito ao aborto, porque tem o direito de usar o seu corpo como quiser? Amante e namorado (e marido também em alguns casos) são descartáveis, mas filho é PARA SEMPRE. Você não tem o direito de se desfazer do filho só porque não o quer mais. Você fez o filho, não tem mais volta, você será responsável por ele até você morrer.

Você tem sim, direito ao uso de seu corpo. Mas seu filho é OUTRO corpo crescendo dentro de sua barriga. Você não tem o direito de se descartar esse corpo que NÃO é seu. Use o seu corpo como quiser, mas não ouse dispor do corpo que não é seu.

O aborto deve ser legalizado porque ele vai continuar a ser praticado com ou sem legalização ? Que é necessário fazer “justiça social” porque só as pobres é que entram pelo cano praticando aborto com “comadres” que usam instrumentos contaminados e mãos imundas, enquanto as ricas o fazem confortavelmente e sem riscos, pagando clínicas particulares ?

No Brasil, mais de 1 milhão de abortos são praticados anualmente. No mundo inteiro deve alcançar centenas de milhões.

Essa impressionante matança de crianças indefesas – infanticídio – é o maior genocídio tolerado pela sociedade, que a tudo assiste com vistas grossas, que mata mais que todas as guerras juntas. Um ABSURDO TOTAL.

Que embrião, óvulo fecundado, ainda não é uma criança, que ainda não tem consciência, que não vai sentir nada em ser destruído às brutas ? Que ninguém vai sentir peso na consciência de destruir uma coisinha de nada ? Árvores frondosas começam como mudinhas frágeis que precisam ser cuidadas, molhadas e adubadas para um dia se tornarem árvores grandes que te darão sombra fresca, alegres flores e deliciosos frutos. Destruir o embrião, essa mudinha delicada implantada em sua barriga, que um dia vai te dar muitas alegrias, quando ele mais necessita de você ? Não seja tão egoísta e cruel !







Portanto, sou inteiramente contra a legalização do aborto, porque isto é crime bárbaro, genocídio praticado contra criancinhas indefesas, sejam elas filhas de pobres ou de ricas. Um crime contra a humanidade. Aborto deve ser negado tanto a pobres como ricas, sem desculpas nem choros.

E as clínicas particulares de aborto ? Com a mudança da cabeça das mulheres (e dos homens também) com relação ao exercício da sexualidade mais responsável e a conscientização da mulher a respeito do aborto como um risco à sua saúde, acredito que o número de gravidezes indesejadas caia bastante. Então, essas clínicas acabarão desaparecendo por falta de clientela. A tática que sugiro não é a de combater os médicos aborteiros, muitos deles pessoas perigosas pertencentes à criminalidade, mas de orientar a mulher para evitar a todo custo, a gravidez indesejada. A mulher devidamente orientada vai evitar chegar perto dessa gente barra pesada, bem como devido ao risco de ser presa pela polícia dentro dessas clínicas.

Aborto deveria continuar a ser permitido apenas para gravidezes que resultaram de estupro. O grande perigo que vejo nisso é que relações sexuais consentidas sejam ardilosamente “convertidas” em estupro para justificar o pedido de aborto.

Aí criancinhas indefesas, geradas em condições normais de relacionamento sexual é que dançam. Os juízes têm que encostar a mulher na parede e extrair, com persistência, com repetidas entrevistas, as verdadeiras razões do pedido. Quem tem culpa no cartório acaba tremendo em alguma fase da investigação. E mentira tem perna curta.

Não concordo com a intransigência da igreja que nega aborto mesmo nos casos de estupro, alegando que criança não tem culpa nenhuma de ter sido gerada, seja qual for a condição em que foi gerada. Estupro é um relacionamento sexual anormal, com uso de violência contra a mulher. Criança resultante de estupro não é criança gerada com amor. Nesse caso, realmente, a MULHER é que não tem culpa de ter sido engravidada. Não é justo que a mulher estuprada, além do trauma do estupro ainda tenha que suportar toda a responsabilidade e o peso de uma gravidez e da educação da criança a quem estará forçosamente ligada a ela para sempre.

Necessidade de aborto para preservar a vida da mulher são casos extremamente raros hoje em dia, com os modernos recursos da medicina. As mulheres tem que tirar, de uma vez por todas de sua cabeça de que gravidez é doença.

Que sou retrógrada, antiquada, reacionária ? Desde quando foi ser “retrógrado e antiquado” defender criancinhas indefesas ? Desde quando é ser “reacionário” exigir da mulher (e do homem também) um exercício da sexualidade mais responsável ? Concordo que a mulher tenha direito de usufruir as boas coisas da vida como a sexualidade, mas o seu exercício requer responsabilidade.

Que estou sendo dura demais com as mulheres ? Sim, estou sendo dura, com as mulheres sexualmente irresponsáveis, que querem egoisticamente se livrar das conseqüências (a gravidez indesejada). Para estas, nunca é ser dura demais. Elas mereciam uma dura há muito tempo.

Senhor Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, leia este artigo, reveja seus posicionamentos equivocados e pare por favor, de oferecer médicos do SUS para praticar aborto nessa mulherada irresponsável e leviana.







Jaguariúna, 11 de agosto de 2008.

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