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Artigos-->Belle and Sebastian -- 13/08/2008 - 18:37 (Lúcio Emílio do Espírito Santo Júnior) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Belle and Sebastian, o Café Celestial e o delicioso soldado de Cristo Frito





Lúcio Emílio do Espírito Santo Júnior





A história do Belle & Sebastian é a história de grupo de estudantes que, sem pretensão qualquer, virou febre no mundo alternativo. Antes de mais nada, gostaria de comentar algumas coisas sobre os escoceses. Eles não gostam de ser confundidos com ingleses, como se pode ver no filme Trainspotting. O fato é que Eça de Queiroz acertou quando disse que o império britânico também cairia, como caiu o português, mas que os ingleses se dariam bem, pois sabem vender os Estados Unidos para os Estados Unidos. Essa afirmação é intrigante e me deixa pensando. Os escoceses do Belle and Sebastian aprenderam, antropofagizaram a música norte-americana e foram aceitos nos Estados Unidos. Outra que me faz pensar é de Machado de Assis: pode-se ser escocês sem falar sobre o cardo. Claro, eles não tem tanto “instinto de nacionalidade” assim. Não falam nem sobre o cardo nem sobre o monstro de Loch Ness, agora quase símbolo da Escócia. No entanto, em State That I Am In, o protagonista falou sobre como casou-se de repente tentando salvar uma moça de ser deportada, e, depois que tomou uísque e gim com ela, a garota ficou apaixonada.

Outrora, em meio às suas verdades & veredas tropicais, o mano Caetano dizia que os Beatles eram o neo-rock and roll inglês. Então, passadas duas gerações, Belle and Sebastian é o neo-neo-neo-rock and roll inglês. E ele dizia em Cinema Falado que o rock inglês era “esnobismo de massas”, repetindo algo que foi aplicado pelo Roberto Schwarz ao tropicalismo, ou seja, a ele próprio! No fim das contas, penso que o termo cabe é para ele mesmo, que é capaz de esnobar conhecimentos sobre filosofia e literatura numa entrevista na Cult e depois ir exercer o papel de sereia das massas, fazer tremolos na voz e coro com a Tristeza do Jeca no Faustão.

Mas vamos ao que interessa: a história do B & S teve início quando Stuart Murdoch e Stuart David ficaram amigos em Glasgow e começaram a tirar um som juntos. Murdoch escrevia canções sem qualquer pretensão. Porém, precisaria de um trabalho para finalizar o curso na faculdade. Recrutaram uns amigos num café 24 horas, um por um. Estava formado o Belle & Sebastian (nome de dois personagens de uma série de livros infantis franceses): Murdoch, David, Isobel Campbell, Chris Geddes, Stuart Jackson e Richard Colburn. A banda gravou um single para o trabalho de Murdoch, principal vocalista da banda. Contentes e até surpreendidos com o bom resultado, resolveram gravar um disco inteiro. Em abril de 1996, lançaram o debut "Tigermilk", para poucas pessoas. Mil cópias, todas em vinil, o que torna essa edição uma raridade imperdível. Vendiam o disco em shows e distribuíam aos amigos. Tinham planos de gravar dois discos e se separarem. Porém, algo começou a acontecer. A crítica inglesa passou a endeusá-los, mas ninguém conseguia imagens ou entrevistas da banda, o que aumentou ainda mais o culto. Os escoceses receberam inúmeras propostas de gravadoras grandes, mas, com medo de perder a liberdade criativa, assinaram com a pequena Jeepster.

No começo de 1997, lançaram "If You`re Feeling Sinister", ainda melhor que a estréia. Lançaram alguns singles e EPs e em 1998 veio o terceiro disco, "The Boy With The Arab Strap". Com tanta adoração e pressão da crítica, começaram a fazer mais shows e dar (algumas) entrevistas. Fizeram até videoclipe. Ainda em 1998 saiu mais um EP, o "This Is Just A Modern Rock Song".

Já em 2000 lançam o EP "Legal Man", um pouco diferente dos anteriores. Ele foi uma provinha do que seria o lançamento seguinte: "Fold Your Hands Child, You Walk Like A Peasant", quarto álbum, lançado em junho. A reação da crítica e do público é que foi um disco um pouco mais comercial, mas ainda ótimo. Logo após, lançaram mais um clipe, agora para a música "The Wrong Girl". Nesta época, Stuart David deixou a banda e foi substituído por Bob Kildea. No Brasil, a gravadora brasileira Trama lançou os quatro discos da banda e os EPs, sendo alguns deles reunidos em uma caixinha.

Com o inédito sucesso comercial, a banda resolveu sair em turnê para outros lugares. Lançaram na metade de 2001 o single Jonathan David e vieram para o Brasil para participar do Free Jazz Festival, tornando-se a grande sensação do festival. Na última edição do Free Jazz festival, tive a sorte de estar no Rio e assistir ao show do Belle and Sebastian, que é uma banda escocesa que eu adoro, com músicas deliciosas.

Quando eles cantaram Minha Menina, dos Mutantes, o público foi ao delírio. Eles nunca gravaram essa música e, que eu saiba, foi a única vez que a cantaram num show. Em 2002, o Belle and Sebastian lançou o disco Storytelling, que serve como trilha sonora para o filme homônimo de Todd Solondz. Ao longo do trabalho, as músicas intercalam-se com diálogos tirados do filme.

Em 2002, o Belle and Sebastian fez shows pela Europa e Estados Unidos. No meio da turnê dos Estados Unidos, a vocalista Isobel deixou o grupo e resolveu seguir uma carreira solo, que parece ser muito mais eclética e estranha do que sua ex-banda. Ainda nesse ano, a banda deixou o selo Jeepster e resolveu assinar com a Rough Trade/Sanctuary. Em troca, o Belle and Sebastian deixou nas mãos da Jeepster o direito de lançar um DVD. "Belle et Sebastien" também virou desenho animado. Belle é o cão montanhês; Sebastien, seu fiel dono.

No final de 2003, saiu o quinto álbum (ou sexto, se contarmos a trilha sonora), "Dear Catastrophe Waitress". Em janeiro de 2004, a Jeepster lançou o DVD "Fans Only", que cobre a carreira do Belle and Sebastian desde a época do "If You`re Feeling Sinister" até o "Storytelling". A compilação ficou a cargo de Blair Young, e conta com entrevistas, partes de shows, bastidores, vídeos do início da mística carreira e aparições na TV. Em 2005, é lançada a coletânea "Push Barman to Open Old Wounds", um álbum duplo contendo todas as músicas lançadas em EPs, e no começo de 2006, novo LP, "The Life Pursuit". Foi lançada também uma biografia da banda (e que tem como título algo como This is Just a Modern Rock History) que conta com os seguintes componentes:



Stuart Murdoch: Vocais e guitarra

Stevie Jackson: Guitarra e vocais

Richard Colburn: Bateria

Mick Cooke: Trompete e guitarra

Sarah Martin: Violino e vocais

Chris Geddes: Teclados e piano

Bob Kildea: Baixo e guitarra

Stuart David: Baixo (até 2000)

Isobel Campbell: Violoncelo e vocais (até 2002)



Há algum tempo, fui ao site deles (www.belleandsebastian.co.uk) e consegui me corresponder com dois integrantes da banda escocesa:



“Hi, I`m Lúcio, a philosophy professor, and I`m mailing from Bom Despacho, Brazil. I wonder if you could explain the meaning of the lovely song Marx and Engels. I love the song and I would like to understand the relationship between B & S and Marxism...The words at the end of the song are part of the Communist Manifesto?”



[Traduzo para os leitores: olá, meu nome é Lúcio, um professor de Filosofia, e estou escrevendo de Bom Despacho, Brasil. Eu gostaria que vocês explicassem o significado da simpática canção Marx e Engels. Eu amo essa canção e gostaria de entender a relação entre B & S e o marxismo...as palavras no fim da canção são do Manifesto Comunista?]



Stuart me respondeu:



Hi Lucio, There might be a connection with B&S and Marxism, but I must admit that that wasn`t much to do with the song. When you start a political course at Glasgow University the first book that you have to read is a Marx and Engels reader. The boy in the launderette is interested in the girl, but the girl is more interested in her Marx book. Hence she is heard to quote liberally from the book while the boy mentally removes her smock and her CCCP t-shirt.



[Oi, Lúcio, deve existir uma conexão entre Belle and Sebastian e o marxismo, mas eu devo admitir que não tem muito a ver com a canção. Quando você começa um curso de política na Universidade de Glasgow o primeiro livro que você tem que ler é um comentador de Marx e Engels. O garoto na lavanderia está interessado na garota, mas a garota está mais interessada em seu livro de Marx. Ela cita livremente o livro enquanto o garoto mentalmente remove sua camisa com a sigla URSS.]



Gostei da experiência de mandar “Q & A” (questões e respostas) para “B & S” e mandei ver de novo uma outra pergunta, que foi acompanhada de uma letra inspirada num filme escocês, The Wicker Man (O Homem de Palha, USA, 1973, direção de Robin Hardy). É um filme considerado uma obra-prima do moderno cinema de horror. Nele, uma jovem garota desaparece misteriosamente. Investigando o desaparecimento, o Sargento Howie (Edward Woodward) viaja para uma remota ilha escocesa onde conhece o estranho Lord Summerisle (Christopher Lee) um líder religioso da pequena comunidade. Ele descobre uma comunidade secreta que realiza bizarros rituais pagãos. Recebi uma resposta também muito bem humorada:



[Eu perguntei]: A couple of months ago, I saw a film made in Scotland called The Wicker Man and the folky atmosphere made me remind all the time Belle and Sebastian. Did you see that film?

[Alguns meses atrás, eu vi um filme feito na Escócia chamado O Homem de Palha e a atmosfera “folk” que me faz relembrar todo o tempo Belle and Sebastian. Você viu o filme?] quem me respondeu foi Mick:



“I think I kind of prefer the film actually. It`s a really good film. I recently loaned a copy to some Polish friends of mine, who I was worried might have had some problems with the dialogue. But they understood it fine, and loved it. What do you mean, the Wicker Man reminds you of Belle and Sebastian? Must be all that pagan love ritual we constantly get up to I suppose, not to mention the human sacrifice...”



[Eu tenho preferência pelo filme. Realmente é bom. Eu recentemente arrumei uma cópia para uns amigos poloneses, mas fiquei preocupado porque poderiam haver problemas com os diálogos. Mas eles entenderam bem e adoraram. Mas o que você quer dizer, O Homem de Palha lhe fez lembrar Belle and Sebastian? Devem ser os rituais pagãos do amor que constantemente fazemos eu suponho, para não falar dos sacrifícios humanos...] A canção que comentei foi a seguinte:



Marx and Engels



There`s misery in all I hear and see

From the people on TV

After their tea when life begins again

They`ll be happier than me

There are a thousand meals being made on Saturday

From the view I saw today

I took a bet inside the launderette

With a girl from Wallasey



She spoke in dialect I could not understand

But one thing she made clear

There was no coming on to her

There was no way



Instrumental



There`s misery in all I hear and see

From the people on TV

After their tea when life begins again

They`ll be happier than me

There are a thousand meals being made on Saturday

From the view I saw today

I took a bet inside the launderette

With a girl from Wallasey



She spoke in dialect I could not understand

But one thing she made clear

There was no coming on to her

There was no way

That she could respect

If it couldn`t see

That the girl just wants to be

Left alone with Marx and Engels for a while

She`s writing in the style

Of any riot girl



"The bourgeoisie, historically, has played a revolutionary part to all feudal, idyllic relationships.

It has resolved personal worth and in place of freedom is exploitation for profit alone.

There is a spectre of the past in my bold assertion.

We could learn much from the past."



Sigo traduzindo Marx e Engels:



Existe uma pobreza em tudo o que vejo das pessoas na TV

Depois do chá, quando a vida começa de novo

Elas serão mais felizes do que eu

Há muitos almoços sendo feitos no sábado

Do meu ponto de vista hoje

Eu fiz uma aposta na lavanderia

Com uma menina de Wallasey



Ela falava em dialeto e eu não entendi

Mas uma coisa ela deixou claro

Não existia futuro para ela

Não existia um jeito

Que ela pudesse respeitar

Se não fosse visível

Que a menina só queria ser

Deixada a sós com Marx e Engels um pouco

Ela está escrevendo com estilo

De qualquer outra menina brigona.

“A burguesia jogou um papel histórico idílico para acabar com as relações feudais, ao invés de liberdade veio a exploração para o lucro somente. Existe um espectro do passado em minha afirmação inteligente. Podemos aprender muito com o passado.”



Na canção, de certa forma o personagem que narra representa a música, o desejo sensual, dionisíaco, enquanto a moça representa a dialética, uma certa rigidez apolínea, preocupada com a razão e o estudo: ambos se opõe, como em O Nascimento da Tragédia de Nietzsche. Bom, como falamos da relação entre a banda e o Brasil, aí vai também um texto do diário de Stuart Murdoch, O Café Celestial, escrito pouco antes da vinda do B & S ao País (e, que eu saiba, Stuart criou coragem e veio ao Free Jazz):



Quando eu era criança eu não podia esperar para crescer, ter um carro, e talvez arrumar um trabalho como piloto de jato, talvez. Agora estou velho, e eu iria largar disso tudo num segundo. Agora estou velho, com consciência política. Demoro quase uma hora para sair de casa! Quando eu era mais novo eu saía em segundos, mal preparado, mas com uma disposição para resolver qualquer eventualidade.

Piloto de jato, que piada. Meu medo natural de voar mais o pânico, mais turbulência no trabalho, tudo conspira para fazer qualquer aterrissagem leve gerar pânico. Eu preciso fazer um vôo em breve, e estou preocupado. Gostaria de mudar a fuselagem do Jumbo e poder levar esse café! Gostaria de passar as doze horas aqui. Eu ficaria aqui dando recitais grátis, amando as pensionistas, falando de questões menores sobre imposto. Iria fazer chuva ou fazer sol. Iria ver as mudanças das garotas. Ficaria descobrindo detalhes de seus pensamentos privados. A partir de seus gestos e desejos, iria descobrir seus segredos simplesmente perguntando, e confusão viraria inteligência.

Elas saberiam meu segredo, e me trariam lanches em bandejas junto ao grupo atualmente no avião. Bem servido, poderia esquecer os demais aspectos do vôo.

“Mas você vai gostar de estar no avião”, a moça que atende no aeroporto poderia dizer.

“Então vá, querida, ao invés de mim”.

“A viagem ao Brasil será fabulosa!”

“Sei que vai, o problema é o espaço aéreo entre nós”.

Eu amo o Brasil. Nunca estive lá, mas qualquer país mais aberto que o meu próprio me abre como um banho de sol. Eu sou eu, abraço sua cultura e religião. Neste caso, catolicismo faz sentido. Se a vida fosse assim fácil e gratuita todo o tempo, começaria a me sentir culpado. Eu não tentaria tomar o meu vôo com o café num feriado da escola. Rápido, criança. Esta é a minha livraria. Sua juventude está assombrando o ambiente. Ela o está jogando através das janelas.

Deus, o que posso arrumar neste lugar, enquanto o resto do grupo estiver sobre o Atlântico. O modo como me sinto neste lugar não cabe nessa pequena palavra chamada amor, Woody Allen disse certa vez. Preciso desse lugar para sobreviver fisicamente. E agora o lugar será vendido. Mentalmente adiciono isto a uma lista de coisas que tentam acabar comigo. Tenho uma imagem mental dos terroristas seqüestrando o café como fizeram com o avião. Subindo nas mesas. Mas quando estes barbudos estraga-prazeres davam seus tiros, ao invés de balas eles ficavam desapontados ao ver que estavam atirando flores! Eles riam da própria desgraça! A atendente lhes diria adeus, acenando com as flores. “É tão bom, nunca ninguém me deu flores!”

Nada mal pode acontecer neste lugar. Eu o adoro. Quando ele se for eu vou fazer uma reflexão de bolso e vou ver se pega. Consistindo de avisos de doce e pequenos bolinhos com café etiquetados, vou espalhar isso por aí. Eles vão estar no clima certo para me receber. E minhas poucas e cuidadosas palavras vão ser eficazes como a atendente empilhando seus copos.

Certo. Resumindo. Estou num café celestial. Estou gastando tempo aqui num avião. Quando o avião aterrisar, estarei caído na entrada da cozinha para encontrar a escada do avião onde as companhias de avião magicamente me esperarão.

Eu não temo o terror afinal. Alguém no assento ao lado vai me dar algum lugar onde focalizar minha ansiedade. Gostaria de fazer algo físico para ajudar. Jesus disse que, se alguém te bater numa face, você deve oferecer a outra. Tomarei seriamente tudo aquilo que ele disse ou supomos ter dito. Mas não sou muito cristão. E o Islã era primeiramente adorável e bom. Mas estou confuso porque alguns acham que devem matar para defender os princípios do Islã. Então, novamente, existiam os Cruzados. O que eles pensavam estar fazendo? Eles não esperavam para ter a face batida. Eles eram os que estavam batendo. Não há como se espantar de que as pessoas estivessem batendo de volta.

Preciso ir, suponho. Vou para um funeral. Eu canto num coral, e um amigo que cantava comigo morreu subitamente outro dia. E nós vamos cantar algo clássico e que seja conveniente. Mas Ewan adorava blues! E ele adorava New Order! Eu queria que nós fóssemos cantar “Blue Monday”, sem acompanhamento, ou em partes, ou “True Faith”. Nós faríamos um trabalho decente. “Temptation” provavelmente me faria chorar, como faria “Ceremony”. Ewan não pôde vir aos nossos últimos ensaios, porque estava com problemas de saúde. Eu queria cantar alguma coisa para ele agora.



Ah, faltou explicar mais uma coisa. Junto com a correspondência, eu mandara uma letra que perdi, infelizmente. Eles não a guardaram no site. Eu me lembro somente dos últimos versos: “and fried he was a delicious cristian soldier” (e frito, ele era um delicioso soldado de Cristo)...

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