Quando Dona Elvira teve seu primeiro filho
Sua irmã mais velha, solteira, foi visitá-la no hospital.
A família toda estava reunida, alegre,
O pai chorava ininterruptamente
Agradecendo a Deus pelo primogênito...
Ela foi a última a chegar,
Mas trouxe consigo bastante alegria
E entusiasmo.
Passando um tempo todos puderam entrar no quarto
Para pegar a criança no colo,
E eles foram pegando-a um por vez,
Primeiro o avô, depois a avó,
Os primos e por último a irmã...
Chegando sua vez
Ela segurou o bebê bem firme, o carinhou,
Olhou em seu rostinho. Ele era lindo!!!
Três segundos depois, como que por mágica,
Ele escapuliu de seus braços e caiu de cabeça no chão.
O pai o resgatou desesperadamente,
Ele estava morto!
Todos dispararam num choro intenso,
Inclusive a irmão, que pedindo perdão, abraçou
O pai da criança.
Ele a perdoou...
Mais tarde, de noite, no velório,
Se percebia no ar um clima de dor muito grande,
Lágrimas rolavam nos olhos de todos presentes,
A lua prateava a noite,
O sentimento de perda era o próprio inferno...
A irmã de Elvira chegou em torno de 11:00hs,
Ela chorava muito!
Todos a consolavam tirando-lhe toda culpa.
Ela agradecia,
E enquanto suas lágrimas caíam, ela pensava consigo mesma:
“Se eu não posso, ela também não pode...”
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