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Cronicas-->Sobe e desce -- 20/05/2000 - 19:08 (Renato Rossi) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Há lugares em que um elevador é imprescindível. Edifícios altos, por exemplo. Como chegar ao topo sem a ajuda deste veículo?

A despeito das modernidades, alto-falantes, computadores, sensores e outros artifícios da moderna tecnologia, o elevador não é nada sem o ascensorista. Ascensorista é aquele senhor que fica dentro do elevador nos conduzindo com segurança para cima e para baixo.

Há quem diga que ele é desnecessário e que o elevador pode ser operado diretamente pelos usuários sem dificuldade. Há também aqueles, como Francisca, minha Santa mãezinha, que não andam em elevador sem a presença do condutor qualificado. Todos tem suas razões. Voltando à necessidade da presença de um condutor, eu concordaria ser dispensável se a razão de sua presença fosse tão somente apertar os botões. De fato, tirando a Francisca que ainda não se acostumou ao transporte vertical - ela também não anda de escada rolante - cada um pode apertar seu próprio botão. Como uma gentileza sempre bem vinda, pode-se apertar também os botões dos demais passageiros, sem perda da elegància ou da pose. É simples.

Mas ocorre que nosso nobre ascensorista, embora aperte os botões com boa vontade, não está ali para isto. Há alguns anos, ele ficava dizendo, sobe, desce e em algumas lojas relacionava todos os itens ou categorias vendidos em cada andar. Hoje isto já não é necessário. Assim, esse pilotar a cabina é apenas uma desculpa, um disfarce. Sua função é muito mais nobre e necessária. Não é propriamente uma função, mas uma missão. Ele está lá especialmente para nos desejar bom dia. Boa tarde. Até logo. Perguntar como vai, contar a história da filha que está se formando em pedagogia, entre outras cordialidades.

- Bom dia Dona Luiza. Como vai Seu António? Tudo bem Dra. Carmem?

Acham pouco? Definitivamente não é. Um bom dia bem dado, acorda qualquer vivente de boa vontade e reverte muitos casos de má vontade. Para satisfazer os tecnicistas vale lembrar que há um ganho razoável de produtividade no trabalho feito logo após, e nem é preciso ter estudado em Harvard para comprovar. Um bom e bem dado "bom dia", anima o desanimado, acorda o desacordado. Uma conversinha mole desarma o espírito e alegra o dia a dia, com evidente vantagem para a saúde. Um bom "boa noite" no final do dia já é metade do descanso merecido. E um "até logo" bem dado já dá vontade de voltar. Mas tem que ser bem feito, como em qualquer profissão. Dito com satisfação, um desejo genuíno que o passante, mesmo o desconhecido, tenha um bom dia ou uma boa noite. Boa tarde também.

Sobe!


Escrito em 10.12.1999




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