A luz adormeceu no colo úmido do horizonte, enquanto a voz deu lugar ao silêncio das almas...
Ainda assim corre o rio,
Nasce a flor, morre o ser e a esperança espera despertar outra vez.
Ainda dorme no segredo desse futuro a paz que os ventos não se cansam de versar,
que a fogueira geme,
que os pássaros ousam louvar e que os miseraveis esperam, e que os sábios vicejam.
Enquanto aquele que é escravo da dor verbar da boca vazia, e que as palavras não consegue compreender em letras, cujo absurdo da insanidade humana jamais haverá de entender.
A pouco a luz apagou... É noite enfim, e os rogos de paz sussuram harmonicos no mesmo silêncio, cujas horas do tempo não cessa de pulsar.
É a vida querendo viver,
Dizendo pra gente que sofrer é crescer sob as luzes de todas as fontes de um amor que os olhos encrustecidos não podem vêr.
A pouco a paz vicejou na janela pela brisa que passa andando, já vindo dos nossos igarapés. |