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Roteiro_de_Filme_ou_Novela-->OS PECADOS DA TRIBO (6) -- 28/01/2003 - 12:22 (COELHO DE MORAES) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
OS PECADOS DA TRIBO (6)
Roteiro de Coelho De Moraes, sobre a obra de José J. Veiga
Personagens: O Herói (H), Rudêncio (R), Consulesa (Ca), Cônsul (C), Pessoa (P), Pessoa 2 (P2), grupo de festeiros, Mamãe (M), Zulta (Z), Edualdo (E), Turunxa (T), turunxas,

CENA 8
(As mulheres saindo com potes de barro)
H: Pegamos a carroça com os Oberlardos. Dá pra trazer muito peixe-balão.
R: Assim a gente aproveita esse Dia de Carimbagem de Potes e faz valer alguma coisa. Se não o dia fica perdido.
Z: Só que vamos demorar. A gene só deve voltar lá pelo fim do dia.
H: Nós também.
(E saem para a estrada)

CENA 9
(Alternância de imagens entre folguedos da pesca e carimbagem de potes na cidade. Só mulheres levam os potes. R brinca de imitar e H morre de rir. Passa o tempo. É de tarde. R está meio tonto por causa da canilha)
R: Faz o seguinte. Precisa me dar peixe não. Tem só dois. Fica com um e dá a minha parte pros Obelardos pelo empréstimo da carroça.
H: Tá bem.
R: Os peixe-balão sumiram do rio?
H: Peixe-balão foge de algazarra e olha que nós fizemos um bocado dela, quase.
R: Que foi divertido foi. (e saem para a estrada com os dois gigantescos peixes na carroça. Carroça pelos campos. Mais além Turunxas armado com lançass param as pessoas para revista). Êpa, lá vem besteira!
H: Daqui por diante é com você (H passa a rédea para R. O chefe Turunxa se adianta e grita de longe)
T: Uuuuaaaaaa!
R: Desaforo. Te segura aí que eu vou meter a carroça em cima dele.
H: Calma. (H segura a rédea e param).
T: Vêm de onde?
H: Pescaria.
T: Pescaria. (o turunxa do lado anota) Vão pra onde?
H: Pra casa.
T: Pra casa. Mostrem os discos.
R: Êhh! Será que ele tem que repetir tudo o que a gente diz? (R fala e olha para o T. Faço sinal para se acalmar.)
T: Mostrem os discos. (Retiram os discos de bolsas que se penduram no pescoço. A de H o T entrega logo de volta. Como R demorou muito o T começa a observar mais calmamente o disco).
R: Algum erro aí?
T: Não. Mas o senhor já pode trocar pelo disco roxo. Convém tratar logo disso. (devolve o disco com um sorriso de amigo. Olha para os comandados e se aproxima de R) Eu queria merecer uma palavrinha com o senhor, mas não aqui. Posso subir na carroça?
R: Não tem lugar.
T: Atrás com a carga.
R: Só pedindo a meu irmão. Ele é quem manda. (H faz sinal positivo. O T sobe, esconde a lança e senta na barriga do peixe. Ao passar pelos turunxas de o T grita)
T: Estou indo em diligência. Volto logo. Olho vivo. Muito rigor. (os os soldados fazem continência. Voltando-se para o R que nem olha) Sabe o que é senhor, estou pedindo que o senhor interceda para que eu seja promovido a turunxaca. Sabe como é. Tenho família, já fui preterido por falta de uma pessoa que se interessasse pelo caso. Uma palavrinha do senhor com seu sogro pesa muito, principalmente agora que ele está com as ordens.
R: Ordens? Que ordens?
T: Ora! Então o senhor não sabe que ele é o novo Umahla!
R: Como é isso?
T: Ele ´o novo Umahla desde mais ou menos meio dia.
H: E o outro?
T: Evaporado.
R: Não brinque, homem.
T: Evaporado. Todo mundo já sabe.Por isso é que estamos mantendo a vigilância nos pontos estratégicos até a situação esfriar. Agora é melhor eu descer aqui. A situação ainda é confusa. Posso contar com o senhor? Sou o Turunxa Eudóxio, da Brigada Curiango, às suas ordens. ( a carroça para, T desce faz uma continência com a lança e volta correndo).
R: Você acredita nisso?
H: Sei não. Há qualquer coisa no ar. E ele não ia se expor espalhando boatos.
R: Se for verdade muda tudo.
(A carroça se aproxima do centro. Bateção de bumbos, bandeiras desfraldadas, gente cantando hinos, espocos de fogos, tentaram deter a carroça, R chicoteia e manda embora, pessoas em discursos vivazes, histéricos, decompondo o Umahla evaporado. Bustos quebrados a marretada)
R: Vamos escapulir daqui. ( numa rua bifurcada eles se separam ).
H: Que pescaria, hein Rudêncio. (se cumprimentam e cada um vai para um lado, correndo).


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