Em 1986 dei um tiro num lobisomem em Brumado, ali pertinho da linha do trem e alguns dias depois, visitei um amigo no hospital, o homem apresentava ferimentos na bunda, como se tivesse sido ferido a fogo. Ele escapou, mas eu tive que me mudar de lá por causa do apelido que me puseram: “Salga-Bunda”, não só pelo apelido, mas a polícia apurava o fato. Fui chamado a depor uma vez e não esperei pela segunda.
Há notícias de um lobisomem agindo em Tauá no Ceará, perto de minha cidade de Picos do Piauí. Vou ter que ir lá, defender meu território. Como caçador de lobisomem, além do crucifixo, uso também uma chumbeira. Aquelas espingardas em que se põem a munição através do cano e soca-se com uma vareta chamada saca-trapo. Uso sal grosso no lugar de chumbo e já tenho feito algumas feridas no traseiro de muitos lobos.
Foram muitas as batalhas empreendidas contra esse tipo animal, sendo a de Brumado, até agora, a que causou maior dano à vítima, talvez eu tenha baixado demais o cano e por isso, acertei o cacho arrancando os cocos do lobisomem.
Lobisomem existe sim! No mês de junho de 2008 entrevistei um em Montes Claros Minas Gerais. A matéria está na Usina de Letras com o título Zé Bazar.
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