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Artigos-->Falcão - Meninos do Tráfico - Discussão sobre Identidade -- 06/07/2008 - 15:26 (Gabriel Arruda Burani) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
No documentario o processo de formação da identidade dos Meninos e meninas da favela pode ser visto a medida que os capitulos do documentario são aprensetados. Usarei dos teóricos Heller e Ciamppa para pautar esta análise. A identidade se dá não só no campo particular, mas na relação entre o individuo e o mundo a sua volta... os meninos da comunidade em que estão inseridos se veem em meio a situações reais que suas brincadeiras costumam imitar. Aqueles meninos que assistencializam os bandidos, encontram neles uma imagem positiva, fazendo-lhes favores e os admirando... portar uma arma, lhes garante poder, respeito e sedução. Almejar uma arma para si, ou mesmo uma “motinha” é se igualar ou ao menos chegar perto do fascinio que os bandidos causam na comunidade em que vivem.A complexidade do processo da formação da identidade se dá na relação das diferenças e semelhancas (pequenas ou grandes) entre a interação da totalidade em constante transformação. Muitas vezes o caminho do crime se dá pelo fato familiar: uma mãe desamparada, os meninos encotnram no crime um modo de trazer a ela uma “vida melhor”. Em geral o pai era ausente ou mesmo havia morrido.. segundo relatos, grande parte dos meninos tem grande revolta com a figura paterna. Posteriormente, quando têm sua familia, tornam-se os mesmos pais ausentes para seus filhos que antes se diferenciavam e se revoltavam contra.



Estas crianças e adolescentes acreditam que não vivem na sociedade – a sociedade fora da sua

comunidade, que os considera um “nada” – contudo na favela, encontram a possibilidade de um vir a ser, no caso, com a marginalidade. É inserçao dos meninos nesta a realidade. A comunidade e os falcoes vivem em uma situação de cumplicidade: de alguma forma ambos campos se ajudam e coexistem entre sí. O tráfico conta não só com a comunidade em que vivem para existir, mas pelas forças externas, como os jovens salientam no decorrer do documentario. A policia e os bandidos formam um a segunda relaçãode cumplicidade: a policia aceitando a propina, mantendo o trafico atuante. O “policia” não é amigo, mas garante sua sobrevivencia.



O único desfeixo e a única certeza são a morte.

Conhecidos, pais e amigos morrem todos os dias. Sobrevivencia é a palavra que une a todos: aqueles que preparam a droga; aquele que rouba; aquele que mata. Alguns tentam diferenciar seu trabalho do dos bandidos: não traficam, não portam armas. Sobrevida e a Morte estão ligados e claramente delineados no cotidiano destes meninos.



“- Nenhum bandido se arrepende.” – foram as palavras de um cidadão. Este homem ficou paraplégico, foi preso e depois de um encontro com um policial, que lhe “abriu os olhos” mostrando-lhe que ele era ínutil na sociedade do tráfico, encontrou forças para mudar de vida, deixando otrafico e começando a vender balas nos semáforos da cidade. Ao contrario dele, outros jovens cheios de sonhos não encontram forças para saír do mundo do crime. É a desesperança. Sabem que seu destino é apenas um tripé: a cadeia, a morte, e a cadeira de rodas, como é o caso do cidadão citado. O crime é uma falsa liberdade, nele entra quem quer, mas o desfeixo, para eles, é a morte.



MV Bill fala sobre um Brasil dividido em dois. Existe aquele Brasil que estes meninos se identifica e se relaciona, e aquele que

simplismente os esquece.

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