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Poesias-->Tormentos -- 30/08/2002 - 22:57 (Henrique Abrahão) |
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Um dia hei de cantar
Minha singularríssima aurora.;
Da frieza de meus versos indignos,
Ressoando em tua doce ignorância
A beleza das rimas que maldigo.
Faço do pôr-do-sol um poema para tí
(Pura antítese dos sentimentos que carrego)
E do luar a tua mais doce lembrança
Tal qual o renascer do antigo afeto
Fez-me acender a mais pura esperança
Não por ódio em demasia fiz-me inseguro
Nem por tal amor dormi tranqüilo
Outrora insensível por ser sombra de tal erro
Desta paixão que me joga em desespero
Perturbando meu sono com o pesar mais merecido.
E a dor maior que acalento,
Que queima e arde em meu peito
É saber que minhas estrofes e palavras
Não somente são mal interpretadas
Como desacreditadas em seus ouvidos.
Olho a vida como quem sofre
Buscando em palavras a razão do existir
Pois se fostes um dia toda minha lucidez,
Que sentimento é esse que palpita desta vez?
É a dor que me consome, e que há de te nutrir.
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