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Roteiro_de_Filme_ou_Novela-->OS PECADOS DA TRIBO (4) -- 25/01/2003 - 20:38 (COELHO DE MORAES) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
OS PECADOS DA TRIBO (4)
Roteiro de Coelho De Moraes, sobre a obra de José J. Veiga
Personagens: O Herói (H), Rudêncio (R), Consulesa (Ca), Cônsul (C), Pessoa (P), Pessoa 2 (P2), grupo de festeiros, Mamãe (M), Zulta (Z),

CENA 4
(H passa pela mata, entre árvores, carregando um fichário e chega num local semideserto em ruínas. Começa a desenhar sempre preocupado se chega alguém. De repente batuques. H, curioso , sem se mostrar vai olhar o que é. Fecha no local. Funde com...).

CENA 5
(Em casa. Z atarefada na cozinha)
H: Batuques! Ouvi uma algazarra lá pelos lados d várzea dos Buritis.
Z: Lá só tem caçador de marmota, que não serve para nada, quase.
H: Pois é.
Z: Pode ser o pessoal do quilombo dos Aruguas. Pode ser.
H: Pode ser.
(entra M)
M: Estão construindo mais palafitas lá no brejo. Parece que não se cansam.
Z: Pode ser pras visitas do Festival da Abóbora.
H: Festa de lançamento das abóboras... no brejo... a graça da abóbora e espatifar no chão, espirrando miolo pra todo lado.
Z: É mesmo.
(Entra R)
R: Posso entrar? ( M fecha a cara e sai. R observa) Alguém aí tá sabendo alguma coisa a respeito do povo lá da várzea? (H olha para Z, suspeitos).
H: Sei de nada. Sabe mana?
Z: Sei não...
H: E você... sabe de alguma coisa?
R: Sei de nada. Só o que o povo ta dizendo.
H: E o que é que eles andam dizendo?
R: Que eles se reúnem lá para comer estrume de cavalo.
Z: Por que estrume de cavalo? Promessa? Sacrifício?
R: Isso é o que eu tinha vontade de saber. Fiquem atentos. Se apurarem alguma coisa me contam.(sai. Reaparece M)
M: Ele já se foi? Rudêncio está intragável?
H: Mãe. A senhora sabe alguma coisa do povo da várzea?
M: Me lembro do seu pai... um dia ele foi em vaigem a Altamata e me disse que tinha um pessoal por lá que comia estrume de cavalo, não para matar a fome, mas para entrar em comunicação com espíritos... com o mundo invisível...
Z: Então é um coisa espiritual.
M: É. De religião.

CENA 6
(Baloneiros destruindo as palafitas. Guerra entre povo da várzea e baloneiros. Muito fogo. A coisa começa de dia e acaba na noite. R se aproxima da casa. No horizonte muito fogaréu e fumaça. Estão na entrada da casa, olhando).
R: Vê? Coisa de religião? Botaram as manguinhas de fora.
Z: O que aconteceu?
R: Atacaram fazendas e roubaram crianças... isso o que aconteceu...
H: Tudo hoje?
R: Tudo hoje. (senta-se). Os baloneiros foram chamados para intervir. Pega água pra mim, Zulma. Coisa de religião, hein?
H: E aí?
R: E aí que caçamos a todos. Muitos foram evaporados. Sobrou ninguém.
H: Exagerado isso. Podiam ser presos, julgados, deportados...
R: Parece que eles comem crianças...
H: Parece... parece que você não tem certeza....
R: Às vezes a certeza atrapalha ação... e seriam deportados para onde?
H: Para o lugar de onde vieram.
R: Não vieram de lugar algum. Investigamos tudo.
H: Como pode ser isso? Nunca os vimos antes. Apareceram aí de repente.
R: Pois é. Apareceram de repente. E sabe como? Brotaram do estrume dos cavalos que pastam na várzea.
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