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Artigos-->UMA SOCIEDADE CIVIL ANÃ -- 07/06/2008 - 08:28 (Francisco Miguel de Moura) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
UMA SOCIEDADE CIVIL ANÃ



Francisco Miguel de Moura – Escritor, Membro da APL



Não culpemos a democracia formal. Ela é boa. Os homens a corrompem. A sociedade ficou dissoluta por causa da falta de consciência de seus membros. Falta uma sociedade civil consciente, educada, transparente em todos os seus atos. Robusta. Na democracia, o que parece mentira é sonho: “todos são iguais perante a lei”. É uma mentira teórica, um desejo expresso em palavras. Cabe aos cidadãos tornarem essa verdade-sonho uma realidade. Assim, não se veria tanto a gente sofrer sem justiça, sem trabalho, sem educação, sem saúde, sem segurança. Democracia é também repartição de renda, não somente da forma em que foi proclamada pela Revolução Russa nem pelas cruas Leis do Mercado. É preciso que se valha dos meios controladores do Estado – controle sem intervenção, sem censura, e estes devem ser controlados pela sociedade civil.

O Mercado Livre domina os meios de comunicação, hoje globalizados pela internete, e estes tendem a ser despóticos, a dominar a sociedade civil. A televisão, hum, hum! Há uma libertinagem tão grande nos canais de tevê e rádio que nos causa espanto. Onde fica o meio-termo? Ou se é bonito ou não se vence. Ou se anda na moda ou não tem sentido. Ou você conta piada imoral ou não é engraçado. Ou você gosta de futebol ou não é brasileiro (hoje internacional). Ou você usa camisinha ou não pode gozar a vida, o sexo, o amor. Amor então é isto.

Há as leis que protegem a infância, mas só são cumpridas quando prejudicam os adultos, principalmente o cidadão comum. Daí a onda enorme de crimes praticados por menores, e estes, manipulados pelos bandidos, que se sabem protegidos pela lei. Os legisladores reinventaram os “direitos humanos pelo avesso”: proteger o criminoso porque é primário ou porque é menor e não dar nenhuma proteção à sociedade civil, ao cidadão, às cidadãs. A dissolução dos lares gerou esta onda enorme de meninos/as de rua: crianças analfabetas, drogadas, que vão para o crime. A família, que os tratadistas não consideram como parte da sociedade civil – não sei por que – fica à mercê do Estado. Os filmes pornôs à plena luz do dia, de manhã até... Quando os pais saem para trabalhar, as crianças ficam à mercê dos divertimentos mais prejudiciais à sua formação – televisão, música através dos mais diversos aparelhos eletrônicos, inclusive e principalmente a internete. Quem faz a televisão, a internete? Quem os fiscaliza? Ora, tudo tem que ter fiscalização, mas não diretamente. Começa pelo indivíduo e vai pela família, escola, emprego, sindicato, eleição, direito, dever, justiça, partido, religião, governo... A sociedade civil é, afinal, responsável, mas não diretamente. Onde estão as famílias bem estruturadas, religiosas, cônscias dos seus deveres? Onde estão os professores, educadores, pedagogos, filósofos, poetas, escritores? Onde estão, sobretudo, as donas de casas que deixam seus lares para trabalhar, enfrentar a concorrência com os homens para ajudar na renda de casa, ou mesmo para ter a independência financeira que sem o emprego não teriam?

Para onde caminham a tevê e a internete vai a humanidade.





O VAIVÉM DA ORTOGRAFIA



Francisco Miguel de Moura*





Ortografia é matéria de lei a que toda a população de um país ou de uma Comunidade de Países se obriga a cumprir. E é por depender da política e do poder que as formas ortográficas mudaram muito ao longo de nossa história.

Agora mesmo, assinado em Lisboa, em 1990, o novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa foi ratificado pelo Brasil e entrará em vigor a partir do 1º de janeiro de 2009, segundo o assessor especial do Ministério da Educação do Brasil, Sr. Carlos Alberto Xavier.

Matéria recente sobre as mudanças dá conta de como elas afetarão os estudantes desde o primeiro grau à Universidade, assim como os escritores, advogados, tabeliães, funcionários públicos e todos os que trabalham com a escrita, seja oficial ou particular. Já disse anteriormente e repito agora: – Quem aprendeu a pronunciar bem as palavras não necessita de acentos para escrevê-las corretamente. Mesmo na língua portuguesa e assim em todas as neolatinas. Quem sabe falar a palavra Paraguassu, por exemplo, não pergunta se a última sílaba é mais forte, se leva sinal diacrítico ou não, salvo se está estudando gramática com vistas à ortografia.

É bom saber que a nova reforma a ser implantada de 2009 a 2012, no chamado “período de transição”, conviverá com as regras da gramática tradicional e que são poucas e facilmente digeríveis as modificações ora aprovadas, resumindo-se no que enumeramos:

1 – Não será mais usado o acento agudo em palavras com terminação “eia” e “oia” – como exemplificariam ideia, jiboia;

2 – não será mais usado o acento circunflexo nas terceiras pessoas do plural do presente do indicativo ou no subjuntivo dos verbos “ver, ler, dar, crer” – como exemplificariam veem, leem, deem, creem; também o mesmo acento circunflexo será eliminado das palavras voo, enjoo;

3 – deixará de existir o trema, a não ser em nomes próprios;

4 –fica estabelecido que o hífen deixa de existir quando o segundo elemento da palavra começa com “r” ou “s”, passando essas letras a serem dobradas – tal como em contrarregra, contrassenso;

5 – não se usará o hífen quando o primeiro elemento do vocábulo termina com vogal diferente da que começa o segundo – tal como em autoestrada.

Estas modificações são necessárias e creio que muito mais urgentes do que os legisladores supuseram. Mas outras deveriam ter sido acrescentadas. Por exemplo: as palavras paroxítonas da língua portuguesa não levarão nenhum acento. Minha proposição é justamente porque a maioria das palavras de nossa língua é paroxítona, formando o fundo léxico central e o mais praticado e pronunciado corretamente. Exemplos poderiam ser apontados às carradas. Para que acento nos vocábulos possível, hífen, açúcar, tórax, colégio, juízo, saúde? Talvez fossem exceções à regra: órfão, táxi, Vênus, álbum.

Quero dizer, então, que o terceiro Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, entre os países que a têm como língua comum, sai tarde e incompleto. Os dois primeiros ocorreram em 1943 e 1971, sem que os países-membros da Comunidade sequer os houvessem colocado corretamente em prática, de modo especial Portugal e o Brasil.

Será que este terá o mesmo fim? Tomara que não.



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Francisco Miguel de Moura- Escritor, membro da Academia Piauiense de Letras, mora em Teresina, Piauí. E-mail: franciscomigueldemoura@superig.com.br

web:

cirandinhapiaui.blogspot.com e franciscomigueldemoura.blogspot.com.











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* Francisco Miguel de Moura- Escritor, membro da Academia Piauiense de Letras, mora em Teresina, Piauí. E-mail:









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