Eu tenho a minha quota, Wladimir:
Não queira improvisar na minha frente.
Se o fim for bom, eu vou ficar contente.;
Mas, se for mau, é dor que vou sentir.
Vão suspender-me a trova diferente,
Porque medrou a rima do porvir,
Num verso simples que me faz agir,
Para dizer do amor que o gajo sente.
Mas, como o tal produto traz a cisma
De quem moureja muito p’ra entender
Como se dá tão bem quem não se abisma
Perante o compromisso do dever
De revelar ao povo o cataclisma,
Eu vou pedir ao Pai esse poder.
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