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Artigos-->A humanidade por um fio -- 04/12/2001 - 07:38 (Leonardo Alves Ferreira) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
No caminhar da evolução da Humanidade, muitas invenções foram fatores determinantes para mudanças radicais. Invenções, muitas vezes, acontecem. Foi o caso da penicilina, por exemplo, que foi descoberta por acaso. Vejam vocês como o mundo mudou depois dela. Milhares de pessoas morriam por causa de doenças que hoje são curadas facilmente, como a gripe. Com o tempo, algumas bactérias, vírus e demais bichos microscópicos que causam doenças, foram criando resistência a nossa querida penicilina. Mas isso já outra história e não vem ao caso falar mal dela. Enfim. A medicina pode ser dividida em antes e depois dela. Um marco. Uma invenção ímpar.

Há ainda as invenções que, depois de alguns anos, são aperfeiçoadas. Em algumas, os aperfeiçoamentos são de tal maneira que acabam por revolucionar padrões estabelecidos pela invenção em si. Foi o caso da famosa caixa de fazer loucos, a televisão. Lá pela época do rádio à lenha, no início do século passado, em 1906, foi criado o sistema de televisão por raios catódicos. Um pouquinho depois, lá pela década de 20, já se transmitiam imagens. Tudo preto e branco, claro. Depois, com os aperfeiçoamentos tecnológicos, surgiu a TV em cores, que se espalhou pelo mundo e virou padrão. Televisões em preto e branco são, hoje, praticamente objetos de museu. Ninguém normal acha que a tv preto e branco é melhor, que os tons de cinza são uma beleza e que as cores só vieram para atrapalhar. Quando o cidadão vai comprar o aparelho receptor de novelas, já sai de casa pensando, inconscientemente, em “cores”. Nem passa na cabeça deste a possibilidade de levar uma preto e branco. Alguém prefere ver a Luma de Oliveira toda cinza??

Mas, como tudo na vida tem seu lado ruim, existem os “aperfeiçoamentos” (entre aspas mesmo, porque esse é um acinte) inúteis, que só atrapalham nossa vida já tão conturbada nesse mundo globalizante e competitivo. Aliás, atrevo-me a dizer que há apenas uma “invenção” que pertence a este grupo, o dos “aperfeiçoamentos inúteis”. É o funesto cadarço de náilon. Para que criar uma inutilidade dessas, quando, há muito, já existe o cadarço de algodão, imbatível em sua honrosa função de amarrar os calçados?? A invenção do cadarço, certamente perde-se no tempo. Mestre dos Magos, no famoso e cultuado desenho “Caverna do Dragão”, já amarrava seus sapatinhos de folha com cadarços feitos com raízes de pequenas plantas. Podemos até dizer que eram protótipos dos cadarços de algodão dos dias de hoje. Vejam só, um homem, aliás, um mago, a frente de seu tempo.

O cadarço de náilon é o supra-sumo do masoquismo. Não é possível dar dez passos sem que o laço se desfaça. Nem que ele seja dado com força sobre-humana, por um participante do concurso do “homem mais forte do mundo”, em que as provas são levantar tratores com a mão ou puxar caminhões pelos dentes, nem assim é possível mantê-lo amarrado. Assim como o Sol nasce toda manhã, o cadarço de náilon vai se soltar. É um fato inevitável.

E por que continuar a produzir uma aberração destas? Há os que dizem que tudo faz parte de uma sinistra teoria da conspiração. A intenção seria imbecilizar a população mundial de tal forma que uma invasão alienígena, ou o controle mental de cada indivíduo por parte de um governo mundial, seria encarada como única forma de salvar a espécie humana. Sim, pois o cadarço sempre se solta nas horas mais impróprias. Isso quando ele não se solta a cada dois passos. Enfim, é um atraso para a raça humana, ter que parar para amarrá-lo a todo instante. Pesquisas indicam que muitos negócios deixaram de ser concretizados e milhões de dólares foram para o ralo porque executivos de grandes empresas chegaram atrasados em reuniões de suma importância. O motivo? Os cadarços de náilon se soltavam na caminhada à sala de reuniões. Além disso, o risco de se pisar nele e ser ridicularizado é enorme. Ou seja, a humanidade como a conhecemos pode acabar, caso essa teoria seja verídica. E nunca suspeitaríamos que a causa estava num ridículo cadarço de náilon.

Muitos o usam sem perceber o mal que ele causa. Com a leitura deste texto é possível que alguns sintam que já está na hora de abandonar tão sinistro e enervante utensílio. Ainda há tempo de mudar. A salvação da humanidade pode estar em nossas mãos. Aliás, em nossos pés.

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