Escrever a canção é como falar contigo ao ouvido,
sussurrando a melô de um amor ainda não vivido, ainda não beijado.
As letras formas o mapa dessa ficção voraz.
xxxxxx
O tempo ainda não deixou eu ser o seu horizonte,
mas, a vida ainda não passou,
o Sol há de se por novamente
e o sonho, que parecia tarde, renascerá.
xxxxxx
Encosto a cabeça em seus seios na imagem fictícia.
Dá tempo para lembrar que um nova noite virá.
Espantando-me com sua maneira de dizer-me coisas,
encho meu peito de uma emoção que já não quero,
mas é impossível manter-me discreto no foco das palavras
e no começo da Lua, lembro-me de sua poesia inteira.
xxxxxx
Sabes invadir meu canto secreto
e perturbar o meu silêncio e,
não obstante a mudez dos meus lábios,
entornas-me vida.
O seu enfatizar é por um guardar segredos,
onde a aurora não precisa saber
o que houve na madrugada.
xxxxxx
Assim vou cimprindo as leis do seu decreto
e espero o seu sinal,
para eu romper as barreiras desse anonimato.
Este é o meu estandarte escondido
xxxxxx
Minha alma se entrega
com a segurança e a lealdade quase extintas,
mas sem o deslumbre de um sentimento pleno.
Contudo, sobra no peito um pouco de sonhos
que abrem caminhos
xxxxxx
Quando no fim da história,
caso a magia não se concretize,
fica o mito de tudo que foi escrito
e eternizado na letra.
na letra desta canção nova,
poesia ralé, sem cabeça nem pé,
mas que é a configuração da alma
de um, pra sempre bandido, poeta metido.
xxxxxx
Daniel Moreira - Metido a Poeta
VISITE MINHA HOME PAGE
www.metidoapoeta.hpg.com.br
|