Hoje li uma reportagem enaltecendo a atitude de um deputado federal que diz ser o autor do projeto de lei que quer colocar uma tornozeleira eletrônica nos presos com direito a indulto em ocasiões especiais.
Alguém já viu coisa mais absurda?
Será que este político não tem coisa mais séria para fazer?
Teoricamente o preso que recebe o indulto nas datas especiais, sai da cadeia por bom comportamento, portanto não necessitaria ser monitorado.
O problema é que como este país é movido à propina, muitos marginais perigosos são colocados em liberdade para cometer mais crimes.
O político que se diz dono deste projeto nunca fez nada para melhorar a vida dos mais pobres e só freqüentou a periferia em busca de voto.
Fica uma dúvida...
Se amanhã um de seus parentes ou puxa sacos forem presos e fizer jus ao indulto, eles também irão usar a maldita tornozeleira?
Ou ela será privilegio dos pobres?
Quem deveria ser monitorado é o político que poucas vezes comparece às reuniões na Câmara e no Senado, ou quando estiver se reunindo para tratar os detalhes de mais uma falmacutaia.
Será que estes políticos abestalhados acreditam mesmo que o marginal liberado pagando propina vai usar esta geringonça eletrônica ou eles vão implantar um dispositivo que explode para matar quem tentar tirá-la.
Porque eles não se preocupam com a fome, educação e saúde que estão deixando milhares de pessoas à margem da sociedade?
E as empurrando para a criminalidade.
Estamos voltando ao tempo da escravidão, quando se colocava um guiso no pescoço do escravo para que ele pudesse facilmente ser localizado.
Hoje os escravos da indiferença serão monitorados como cachorros, via satélite.
Este maldito acessório eletrônico tem a capacidade de evitar um assassinato?
E o programa de computador e a tecnologia do rastreamento custarão quanto aos cofres do governo?
Quem na verdade sairá ganhando com esta idiotice?
Porque nenhum político se manifesta contra o roubo explicito que acontece todos os anos no salário dos aposentados?
Quem elaborou este projeto deveria ter vergonha.
Ainda mais partindo de um político laranja, eleito na sombra e com o dinheiro de um conhecido controlador de marionete.
