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Artigos-->ESCRITO DE JOAQUIM DE MONTEZUMA DE CARVALHO -- 19/05/2008 - 21:48 (Francisco Miguel de Moura) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
ESCRITO DE JOAQUIM DE MONTEZUMA DE CARVALHO



Manuscrito aposto no verso de uma xerox de “Apontamentos V”, “Das Artes das Letras”, nº 92, Agosto de 1999 – Porto/Portugal, ensaio de Montezuma).







Ao receber em 24 de Dezº de 1999 as boas festas de Natal enfiadas num poema do amigo brasileiro Francisco Miguel de Moura, filho residente da linda cidade de Teresina, Estado do Piauí, lembrei-me de toda a história humana e da razão por que os cristãos festejam Jesus esta noite e sempre.

É que nesse poema sem título, o primeiro verso dói como uma pedrada. Este verso shakespeariano (à portuguesa diz-se anteriano) abre o poema de 13 linhas:

“Quem saberá que um dia fomos”?”

Os demais versos seguintes transportam esta carga interrogativa sem resposta. O último verso fecha o cárcere do círculo e repete:

“Quem saberá se um dia fomos?”

Transforma o que inicial num balbuciante se... Esta a mudança sem alteridade.

E surgiu-me um pensamento por via desta perturbação: - As religiões todas nascem para dar resposta a esta interrogação, queremos ser recordados, queremos recordar para além das forças da vida comum e terrenal. Não agüentamos a decapitação total. Assim, inventou-se Deus, o ser sem nome que abrange todos os nomes decapitados e onde, ao menos, algum pedacito restará para consolar que valeu a pena viver, que Deus nos preserva, que Deus nos dá – para o aqui – essa consolação. Só que Moisés “interrogou” Deus e este disse-lhe quem era, respondendo: “Eu sou o que sou”, não lhe dizendo quem era e que nome tinha. Deste modo, até o Deus das várias religiões nem sequer satisfaz o verso capital do amigo de Teresina. Tudo fica na mesma! Sabedoria? Piedade divina? Sofisma?

Talvez que as religiões se não pensem e sejam aconteceres só para se sentirem.

Hoje é noite de Natal. Bastará sentir e nada de pensar. Sobretudo, nada de interrogar! (Para o amigo Francisco Miguel de Moura, este apontamento que reproduzirei em “Apontamentos”, já em XCVI).

Do J. Montezuma

NataL 1999.



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