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Artigos-->DIA DAS MÃES -- 10/05/2008 - 14:15 (L. Stella Mello) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos




Hoje é sábado. A casa está silenciosa porque a minha secretária não trabalha. Dez horas da manhã. Uma oportunidade para não me importar com as horas, uma vez que, na noite de ontem, fui a uma posse na Academia, muito emocionante, por sinal.

Tomo meu café e começo a folhear o jornal, como sempre faço, em pé, enquanto meu marido não chega. Vou passando as páginas, lendo os assuntos, rapidamente. (Acho que pratico a leitura dinâmica). Rapidamente fico sabendo das coisas acontecidas, porque leio nas entrelinhas, em uma ou outra me detenho mais. O jornal traz os horrores acontecidos diariamente no mundo, mas traz também assuntos interessantes e propagandas bonitas. Estas, em página inteira, o que acho um desperdício, mas a propaganda leva o cliente às lojas, e geralmente paga o jornal.

Amanhã é dia das mães, e invariavelmente, não sinto que é meu dia, lembro-me muito de minha mãe.

Estou já a postos no computador. Desde ontem estou pretendendo homenagear as mães, colocando um de meus poemas que dediquei à minha mãe. Em dezembro passado fez nove anos que ela partiu, e até hoje, ela está presente nos meus pensamentos.

Esse dia das mães traz muitas recordações. Já na casa dos sessenta, nessa ocasião, ela nos falava: “não me dêem utensílios para casa, não se preocupem com presentes". E agora, volto meu pensamento para meus filhos. Também não quero que se preocupem comigo. Eles têm filhos com que se preocupar, a vida hoje exige muito mais do que no meu tempo de criança. E presente é uma coisa que, como diz meu marido - e hoje concordo com ele- não deve ser obrigação. Não precisa de data. Pensamos em uma pessoa quando vemos algo, associamos com a pessoa e, aí sim. É um presente!

A obrigação de presentear, como acontece no Natal, no dia da criança, e nessas outras datas, obriga a um gasto com coisas inúteis, supérfluas, somente para ter algo a dar. Muitas vezes, a pessoa está sem condições de fazer esse gasto, principalmente no Natal. Tantas são as pessoas a se presentear. E penso novamente na minha mãe, ela tinha sabedoria de vida. Não faça isso, ela dizia. “Basta que você venha me abraçar, a mãe quer sempre o amor dos filhos, e também o seu bem-estar”. E arrematava: “Você sabe, se eu não for usar, vou dar para outro”.

Comportamento estranho, não? Demorei muito para compreender essa maneira de ser. Aliás, meu pai também era assim. Ganhava de um filho e passava para outro.

Um dia perguntei à minha mãe por que ela agia assim. Ela respondeu que não guardava nada que não iria usar. “Prefiro sair com você, assim eu posso ver”.

Achei ótima a sugestão, mas nem sempre deu certo. Bastava ver o preço, dizia não.

Hoje compreendo! Estou na mesma situação. Guardo coisas que não tenho onde colocar. Tenho livros atuais, que não tive tempo ainda para ler, porque estava envolvida escrevendo meu romance, não queria misturar, nem me influenciar. Blusas que ainda não usei, bordadas, rendadas, que minha ex-nora trouxe do nordeste. Cremes hidratantes, que outro dia, na presença de minha filha, eu disse que ia presentear alguém com aquele estojo.

Ela chamou-me a atenção. “Mãe, a data está vencida! Cuidado, você vai acabar devolvendo um presente para a pessoa de quem recebeu”...

E agora? Se perguntarem novamente, só poderei dizer: “dê-me um porta retratos, um CD ou DVD, mas esses terei de dizer das músicas e dos filmes que prefiro.

Mas, vou convidá-los para vir almoçar comigo. Vou fazer a sobremesa de que mais gostam, deixar os aparelhos de TV e o computador com as crianças. E vamos conversar!



Feliz Dia das Mães! O meu abraço para todas as mães!



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Luzia Stella Mello

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