Fiquei pasmo com a disseminação por toda Jaú da matéria sobre o caso do penico. Não desejava tanto assim, mas segundo me contaram pelas ruas, a edição de 11 de março esgotou-se rapidamente. Bom, escrevi aquela matéria despretensiosamente. Não esperava tamanha repercussão. O tal clube continua com sua rotina. Em breve teremos eleições, as quais serão disputadíssimas, prova é que, algumas semanas atrás dois de seus subgerentes trocaram tapas, murros e pontapés nas proximidades do campo do clube por motivos banais. A diretoria aparenta estar desorientada uma vez que não tomou nenhuma providência a respeito do confronto, cujo motivo parece ter sido em razão de uma disputa de cartão corporativo, ou seria causado pelo tamanho do penico exigido pelo presidente? Parece não ser apenas do Lula este anseio desesperado pelo segundo, terceiro, quarto e quinto mandato. É também dos pequenos Lulas da vida. O compromisso dos amigos Gil e Sílvia, segundo me disseram, é somente para um mandato, uma vez que ambos já têm candidato para as eleições de 2010. Casos como brigas por motivos banais serão extintos com a criação de um “Regulamento Disciplinar”, cuja função será a de moralizar atitudes anti-sociais no clube. Até agora os diversos presidentes nada fizeram com relação a isto.
Obras num clube são importantes, mas não se pode viver só de obras. O sócio deseja o conforto e não ser obrigado a passar sobre cimento, cascalhos, tijolos e zoeiras de plainas e serrotes elétricos por toda parte. Quem trabalhou a semana inteira deseja um descanso numa piscina aos sábados e domingos e mesmo numa sexta-feira gorda no silêncio da tranqüilidade, caso contrário estará pagando mensalmente pelo que não pode usufruir. Segundo o Gil, as obras doravante terão o aval dos sócios com a criação de uma caixa de sugestões permanente na secretaria. E por falar em obras esse clube é campeão: jogaram no “penico”, digo no lixo, 254 sacos de cimento, em virtude de um pequeno erro na massa. É que colocaram uns sacos de cal para fazer um “contra-piso”, aí deu no que deu: o cimento quebrou-se todo. Tiveram de fazer tudo novamente para consertar a nhaca. Quê prejuízo, hein? Outra coisa foi a academia velha que foi derrubada. Até aí tudo correto, uma vez que a nova academia, muito boa e moderna por sinal fora inaugurada recentemente. O que ninguém entendeu foi a retirada primeiramente de portas, janelas, vitrôs para daí uns tempos derrubarem tudo de novo. Isto fica parecido com a história do indivíduo que subia na mangueira, apertava a manga no intuito de saber se estava madura, depois descia do pé de manga e atirava pedras para derrubar as mangas. É coisa de louco!
Tenho recebido muitos emails de sócios solidarizando-se comigo em se tratando da matéria “traga um penico”. Até de muitas regiões do Brasil, uma vez que publico também minhas matérias num site para todo o país. Nunca recebi tantas confraternizações em tão pouco tempo. Muitos perguntam se a coisa só ficou naquilo mesmo. Bom, não ficou, porque novamente ergui a mão e perguntei sobre as possíveis providências do presidente. Asperamente ele me respondeu:
-Pare de beber água!
Claro que nunca parei de beber água, principalmente naquela portaria escaldante pelo efeito estufa. Toda de vidro o sol entra e o calor fica aprisionado. Não dá para entender o que pensam essas pessoas mandachuvas, ou mandarins da vida neste nosso país. Acho que não servem nem para serem mandadas, porque para serem mandatárias é necessário em primeiro lugar saberem obedecer. Isto é regra número um das Forças Armadas. Esperamos que os sócios-eleitores se conscientizem disso e mudem esse cenário patético de Luiz XV. Os tempos mudaram. Vivemos um surrealismo não futurista, mas hodierno, enquanto muitos ainda garimpam um passado arbitrário, imprudente e injusto porque essas coisas davam lucros. Hoje o lucro tem como base o trabalho duro o dia inteiro.
Jeovah de Moura Nunes
Jornalista e escritor
(esta matéria será publicada amanhã, dia 06 de maio no jornal "Comércio do Jahu" página 2 - opinião)
NOTA: O artigo não foi publicado no jornal pelo motivo de alguns energúmenos, que comandam o tal clube social há quase 10 dez anos, foram pedir ao jornal, através de mentiras contadas contra minha pessoa, para não publicarem a matéria acima. O medo é tão grande de o nosso candidato ganhar, porque sem dúvida ele irá fazer uma devassa nas contas do clube, que esse pessoal chega ao cúmulo de não permitirem (e tem poder para isto, uma vez que o jornais daqui de Jaú, não possuem o mérito de valorizar pelo menos as pessoas que escrevem neles). É gente. Este país é o fim da picada!
