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Contos-->Migrador -- 27/06/2002 - 08:54 (Ly Sabas) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Parou para descansar da longa jornada, bebericou alguns gole d água gelada do alto da montanha, e depois, com suas asas prateadas, não totalmente abertas; porque o medo de voar impedia de esticá-las, reiniciou o vôo em direção ao nascer do sol.Tinha certeza, embora seu pequeno coração batesse desordenadamente pelo medo da iniciativa, de que, não muito além encontraria o horizonte perdido...
... e lá estava o ninho! O medo quase o faz perder o equilíbrio e dá uma diminuida na velocidade do vôo. Deixa-se planar, aproveitando uma leve brisa perfumada pelos carvalhos, que cobrem quase toda a montanha. Vai se aproximando de mansinho...examina com muito cuidado. Sabe que a encontrará. Quando partira, deixara-a preparando o ninho. Ah! quanto desvelo era colocado junto com cada graveto! Em cada fio de cipó havia um mundo de fantasias...
Voara, partira, abruptamente. sem esperar para ver como ficaria. Tivera medo, como agora quando voltava. Porque tudo ainda continuava desconhecido.
Pousou quase que no último galho da frondosa árvore, com receio de ser visto. Estufou o peito, sentindo o medo diminuir, fascinado com o fato de ter o céu às costas e o calor vivificante dos raios do sol, que eram filtrados pelas folhas reluzentes.
O que teria acontecido a ela durante o outono e o inverno? Teria comparado o amarelar das folhas com o fenecer de suas ilusões? Teria se deixado gelar ou procurado o calor de outro corpo?
...lá estava ela. E parecia tão pequenina e frágil! Enquanto descia por entre a folhagem recordou seu caráter forte, sua índole instigante. Será que o calor ameno das tardes outonais teria ensinado-a a refrear seus sentimentos ou os dias curtos e tristes do inverno teriam-na obrigado a trancafiar seus sonhos? Mansamente pousou...deixando entreaberta as asas...queria com isso talvez, mostrar-lhe as cores magestosas e sui-generis que a rica plumagem ensejava.
Ela, de costas, distraída, alisa com o bico as penas do peito. Ele, quietinho, a poucas passadas do belo ninho, demora-se admirando-a e lembra-se da agonia que sentira durante a separação, por não conseguir vizualisar seus traços delicados na memória, embora seu coração estivesse repleto de lembranças dela!
...faz um leve ruído, um pipilar de saudação...o virar da cabeça delicada, o chilido carregado de emoção, o bater das pequenas asas, o mavioso canto...soube no exato momento em que suas asas se entrelaçaram que nunca mais migraria ou lhe causaria dor.
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