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Cronicas-->Direitos Humanos e Desumanos -- 10/04/2002 - 21:24 (Francisco Assis de Freitas) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Direitos Humanos e Desumanos

Obs: Antes de ler esta crónica o autor recomenda a leitura do Monólogo do Preso, na seção Teses e Monólogos, para evitar juízos precipitados.

No comportamento dos membros das Comissões dos Direitos Humanos no Brasil ocorre uma inversão de princípios sociais. Para que esses protetores tomem consciência da realidade dos acontecimentos, torna-se necessário que criminosos ameacem, torturem e matem familiares seus. Eles não se aprofundam em reflexões para compreenderem que juntamente com a televisão são os maiores responsáveis pela violência e matança que hoje experimentamos, pois defendem com paixão, até mesmo, matadores de aluguel. É possível que entre eles haja uma empatia, que inconscientemente aqueles ativistas sintam prazer quando uma família honrada e pacífica é atormentada ou destruída. Até admite-se que aqueles mortos estejam fazendo compensação. No entanto, se apiedar somente de quem pratica as barbaridades é o império da inconsciência da miséria e da desgraça.
Alguns marginais matam numa só vez, o pai e a mãe, e já deixam os filhos pequenos ameaçados para morrerem mais tarde quando ficarem adultos. Se as vítimas fossem seus pais ou seus irmãos será que aqueles elementos disfarçados de piedosos, intercederiam por esses monstros com tanta ênfase? Essa pergunta carece de resposta. Patrocinar quem espolia a vida dos outros, por ganància, ódio ou maldade é muito diferente de opor-se à discriminação feita contra gente trabalhadora, só por ser negra, pobre ou nordestina. Eles manifestam uma mente malsã quando ficam contra o direito das pessoas viverem gregariamente em paz, e em benefício daquelas que disseminam a consternação, ameaçam de morte, e cometem crimes hediondos e absurdos. Nesse caso, agem como os fomentadores do mal, à procura de sofrimento para as pessoas humanizadas.
Dado que existisse pena de morte no Brasil, para aqueles que matam testemunhas e para os mandantes, por certo, inibiria essa maré de assassinatos perpetrados por vingança, e com a certeza de serem protegidos pelos homens dos direitos humanos, que têm prestígio para atrair a atenção da mídia e da sociedade. Logo, a realidade da segurança pública no país seria outra bem diversa da atual.
Nesta altura da situação eu lanço um desafio, e quem viver, um dia pode aprovar essas idéias. Se a pena capital for instituída no sistema jurídico brasileiro e aplicada sem nenhuma distinção, as mortes por encomenda cessarão de acontecer. Porque o bandido que mata com indiferença, o faz incentivado pelos comportamentos malsinados dos homens, e pelas falhadas leis, sabendo que em pouco tempo será posto em liberdade para praticar mais delitos por dinheiro. Os motivos podem ser: desde cumprir compromisso ajustado com a polícia ou o patrão, até o de extravasar seu instinto cruel que tanto sentimento bom infunde nos indivíduos doentiamente compassivos. Por isso eles ficam endiabrados para caçar e assassinar mais testemunhas assistentes ou oculares, que desgraçadamente tenham presenciado a coisa feita.
Portanto, é preciso que o pessoal dedicado aos direitos da pessoa humana se conscientize que eles são os benfeitores ocultos dessas tragédias. E que um dia sujeitando-se a lei das compensações terão dívidas a pagar por sua atuação facciosa. A hipocrisia daqueles padrinhos e das autoridades, não os permite ver que há pena de morte no Brasil. Pois afirmo que existe sim, só que não está prevista em lei. Elas são sentenciadas não por juízes, mas por traficantes, policiais, fazendeiros, empresários e políticos, logo o resultado é muito pior, porque não há julgamento. Existem muitos cidadãos que por serem honestos estão jurados de morte, ou seja, já foram condenados. Só que quem executa não é a pessoa jurídica do Estado, mas sim os marginais e os policiais que vivem fora da lei, e às vezes os próprios empresários e fazendeiros.
Para falar sobre os direitos dos presos é preciso conhecer os dois lados. Em vista disso, estou à vontade porque já trabalhei vinte e cindo anos num órgão de repressão, originando inimigos internamente por resguardar aquilo que é conforme a lei. Sempre me esforçando para observar as inúmeras condutas e ouvir as várias versões, para avaliar com consciência limpa de paixão e de melindres. Porém, ficar fora do circo e gritando o que deve ser feito e o que não deve, é uma realidade muito diferente. Representante dos direitos humanos tem de ser alguém de personalidade integrada que alcance as manhas dos criminosos e a atuação dos policiais.
Nem tanto a Deus, nem tanto ao diabo. Existem policiais que têm de ser expulsos, demitidos, ou encarcerados definitivamente num presídio. Porém, há gente séria entre eles, superior à sociedade geral. Da mesma forma existem presos inocentes e bandidos irrecuperáveis que sonham em sair da cadeia para matar mais. São cafajestes que provocam os policiais honestos porque tem a certeza de que não vão molestá-los. E ainda debocham do pessoal dos direitos humanos a quem qualificam de "anjos protetores". Esse é o viver quotidiano da infeliz sociedade brasileira.
Conhecemos por experiência pessoal que a polícia, em geral, só sevicia e mata os miseráveis, pessoas que de tão humildes não cativam a afeição daquelas abnegadas criaturas. É conveniente que saibam para se envergonharem do seu papel, que o criminoso que assassina friamente, sustenta que não permanecerá muito tempo na cadeia, que um dia conseguirá fugir. E ainda alardeia que mesmo que ele morra na cela, ainda é lucro, porque o outro perdeu a vida e ele continua vivo, e a qualquer hora pode recomeçar a matar.
Por conseguinte, prisão mesmo que perpétua não amedronta, por que ele estar convencido de que extingue uma vida e que a sua será preservada e veementemente defendida por pessoas despreparadas ou sem vocação para aquele trabalho melindroso. Sujeitos que parecem não se incomodarem com a desgraça de trabalhadores honestos e inocentes, talvez porque não promovem nem é propalada pela imprensa, pois é apenas mais um ser faminto que vai para o cemitério mais cedo. Por outro lado, estão dedicadamente preocupados com a sorte de quem merece continuar vivendo para destruir mais famílias e disseminar a dor, naqueles que não têm índole de bandido. Que Deus reserve para aqueles mal-aventurados no futuro, tudo o que eles mereçam.

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