A cinza não espera o outono chegar.;
As cinzas só esperam o inverno voltar.;
Cinza é a solidão mais companheira,
E por si agradece por cantar em mais singela calma.
É paciente o seu ode lamentável,
E por mais longe que esteja
Meu instinto farto de carência
É que me conforta.
Afoito, não engano o tempo.;
Não me nutro sem antes esquecer o horrível,
O humilde.
Para só depois me embriagar com conversas moles:
Assim me contagia essa destreza que não é só minha...
Sozinha se ameaça e se condena,
Por assassínios e derrotas
Em mais sangrentas
Guerras de expressão.
Que ilusão escolherei ao sair do meu estado?
Que sou capaz de intervir naquilo que é atrocidade,
Ou que tenho como obedecer o infortúnio da verdade?
Ilusões, como tantas, se apegam em quem voa,
Em quem sonha com a cinza rotineira
E em quem pede aos deuses lá do céu
Uma bênção singela,
Que não passa de besteira,
Condenação de mentes fracas: influência passageira. |