BRAATEN, Carl – Escatologia y Etica. Buenos Aires, Aurora, 1974. pp. 63-75.
“Nos antecipamos à morte como o fim absolutamente certo da vida. Isto é o que realmente sabemos sobre ela. É o pólo oposto da vida. Uma pessoa vive ou morre. Não há um estado intermediário”. Esta é a mentalidade que se nos apresenta hoje, afinal, o que se sabe do pós-morte?
O autor faz uma relação entre o pensamento platônico sobre a morte presente ainda hoje em nossa mentalidade, e o cristianismo, onde a morte é saída para a vida eterna.
Mortalidade e morte são diferenciados, pois uma é a condição da humanidade em relação à finitude natural, a outra relaciona-se ao pecado, onde morte significa escravidão.
“O evangelho da ressurreição de Jesus de Nazaré fundamenta a esperança cristã, porque neste acontecimento Deus oferece a solução ao poder de um viver futuro mas além do fim da morte. Se Jesus não ressuscitou da morte, seu ministério terreno não teria alcançado tão elevado poder para a história da salvação”. (p. 70) Assim, a esperança escatológica se fundamenta na ressurreição daquele que é o mentor da vida eterna para todo aquele que crê, infelizmente “o homem moderno não vive vitoriosamente frente à morte com uma esperança de ressurreição”. (p. 72)
A Esperança que é apresentada pelo Cristo permite que a vida do ser humano seja mais completa, plena, pois incorpora o rumo escatológico na caminhada progressiva em relação ao Reino de Deus. E, “graças à ressurreição de Jesus, a vida humana chega a ser ilimitada”. (p.74) Por isso dissemos “ vida plena” em rumo ao Reino dos Céus.
