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Poesias-->A Espécie -- 23/08/2002 - 02:53 (AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA/Alcir J.T. de Souza) |
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A ESPÉCIE
Adestrado pela vida
seqüestrado pela sociedade,
descoberto pelo vento frio
na noite da iniqüidade.
Ânsia destrutiva,
pelo encontro inquietante
soberbo e preocupante.;
rápidas palavras
De efeito esvoaçante.
Vil beleza
sombria e esfuziante.
Por segundos uma montanha
na eternização do instante.
Mente que se esvai
com tilintar tonitruante
como que em fuga apressada
de um futuro aniquilante.
Somos mestres do absurdo
iludidos pela fé
obcecados pela vaidade.;
pesquisadores incansáveis
de uma vã felicidade.
Dominados pela ganância
embevecidos pelo vazio
aquecidos no gelo eterno
deste árido cio.
Querubins do inferno ardente !
Sopros de morte
no barro da vida.
Prenúncios, agouros
reconhecemos no fim
Alvíssaras a esta sorte.
Vitimas do delírio
da imagem e semelhança
que se vai com a morte
como sonhos em uma criança ..
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