Permanência
Estás nas esquinas dos meus poros
Se grito por mim, tua voz responde
(Onde começo, onde terminas?)
No cálice da minha vida, bebo-te
Sangue que te pede em minhas veias
Filtrando minhas gotas de vida
Meus braços brincam de te abraçar
Quando furtivamente, fujo do real
Em meus olhos, permanece tua fotografia
Estampada, sorrindo a me chamar
Minhas mãos famintas, em redemoinhos
Guardaram em silêncio, carinhos
Enquanto teu coração conjugava verbos
Num distante e imperfeito futuro
Minha boca tem o gosto dos teus beijos
Adormecidos à tua espera
Sonhando marcas em minha nuca
Ardores em meus lábios carmim...
© Fernanda Guimarães
Em 05.06.00
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