Os tempos mudaram.
Na minha infància, eu ia na casa dos vizinhos brincar de boneca ou assistir televisão, pois isto era artigo de luxo, que nem todas as famílias podiam ter.
Os meus filhos sem sair de casa, conversam com seus amigos e fazem amizades com pessoas de qualquer lugar do mundo.
Compramos e vendemos pelo computador.
Sabemos no momento exato em que explode uma bomba em Kosowo, a cotação do dólar, onde houve um terremoto, quem foi o campeão da taça estadual de futebol, na Espanha, entre outras coisas.
Se duvidar saberemos até o que vai acontecer amanhã.
Os homens querem brincar de Deus, querendo ter o poder de criar e destruir.
Cria o vírus e o anti-virus.
A fala é substituída pelo teclado.
O homem pensa que domina a máquina, mas é o contrário que acontece, ou seja, a máquina é que domina o homem, pois o homem não consegue transferir seus sentimentos para o computador, nem ensiná-lo a sentir ou se emocionar, levando-o à s lágrimas.
Mas a máquina consegue endurecer o homem, fazendo-o não ter tempo para a família, obrigando-o a relacionar-se com amigos on line, masturbando-se em frente a imagem da namorada virtual.
As crianças de hoje conseguem acessar qualquer site da Internet.
Conhecem qualquer herói de vídeo game ou desvenda qualquer mistério dos games de computador, mas continuam com dificuldades na tabuada, continuam não sabendo escrever redação e desconhecendo a história de sua cidade ou do seu país.
Sabem onde está localizada a Disney World, mas muitas vezes não sabem o nome da rua onde moram e muitos não sabem sequer o nome de seus avós ou de seus bisavós.
O computador, através da Internet tem um poder tão grande quanto a televisão, mas parece que o povo não deve ter cultura, pois um povo com cultura pensa e não precisamos de pensantes.
Precisamos apenas de robós, que imitem seus ídolos e que possam ter tudo que o dinheiro possa comprar, de preferência, adquiridos via Internet.
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