Reminiscências
Visto-me de arrepios, sentindo-te
O coração, em inquietantes batidas
Despe-se das minhas proibições, vãs
Estende-te como cobertor em meus poros
Agasalho-me com teu nome de poente
Costuro minhas saudades em tua imagem
Sedas de carícias, cetíneos beijos
Abraços desmedidos, tecidos amassados
Desabotoas meus lábios, fúlgidos
Que se oferecem em curvas, túrgidos
Modelas meu corpo, incursões infinitas
Meu coração, em dedais de champanhe
Celebra-te, ainda que distante estejas
Olhos de viés, tecendo em bordados
Nossas solidões em filigranas
© Fernanda Guimarães
Em 20.06.00
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