A noite morria lentamente
Entre o céu e o mar
Fragmentando-se em luz
No lindo dia que nascia.
O vermelho sangue do seu calor
Espalhava-se pelas águas
Em direção a terra
Tingindo o dia de arco-íris.
A lua sonolenta se despedia
Das últimas e pálidas estrelas
Polidamente perdia seu brilho
E vaidosa escondia sua beleza.
O véu negro e inefável da noite
Recolhia-se na sua própria magia
Invadido pelo dourado do dia
Despertando a vida adormecida.
Entre os sons de todas as vidas
Na explosão de todas as cores
No canto matinal dos pássaros
Na sinfonia do vento nas folhas
No embriagar das flores.
A maravilhosa natureza
Imponente se apresentava
Na sua mais linda e pura versão
Oferecendo vida e felicidade
Com toda a sua exuberância.