No Brasil e em Portugal
toda e qualquer diferença
dentre ambos é pertença
de todos nós... Afinal...
Que falamos por igual
a língua mãe portuguesa
hoje em dia ainda acesa
como pátria pessoal
de chama-voz estendida
aos quatro cantos da vida
pelo belo roseiral
que foi milagre real
do sublime sentido
de Isabel e seu marido
no Brasil e em Portugal.
O brasileiro formal
de "mouse" firme na mão
ao "rato" em tradução
pra português natural
preferiu o inglês
e nisso terá talvez
descontraída indiferença
em face de alguém que pensa
não dever inglesar
o gato para caçar
toda e qualquer diferença.
Há quem faça desavença
chegando mesmo ao insulto
pra se mostrar muito culto
e impor sua presença
ignorando o efeito
do pão que é mais perfeito
se ao pé do joio em doença
lograr a sua mantença
para nos dar o sabor
que por intrínseco labor
dentre ambos é pertença.
Bom e mau... Oh malavença
do egoísmo sentido
desumano e prevertido
que se encapa na crença
das gentes de boa fé
que sentem o que não é
e por bem se dão ao mal
em contradição fatal
entre a palavra e o acto
que são o vivo retrato
de todos nós... Afinal!