Elegia
Quando a imensidão azul
De negro se cobrir
E a luz de um olhar
Baço refletir...
Quando for silêncio
No tormentoso oceano
E já não mais soar o canto...
Quando as revoltas águas
Repouso enfim encontrarem
E em silenciosa calmaria
Por fim descansarem...
Meu lamento ecoará,
Alçará os céus, encontrará
A face querida e nunca tocada,
O rosto perdido na poeira da estrada.
As folhas do carvalho vergarão,
O chorão sagrado sangrará,
Pétalas rubras de amor serão canção
E o sentir, como fumaça perfumada, se extinguirá.
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